Quando tratamos uma coluna com problemas de instabilidade ou falta de movimento, precisamos nos atentar \u00e0s curvaturas da coluna. <\/p>\n\n\n\n
Nosso corpo possui uma estrutura que precisa estar sempre em equil\u00edbrio para possibilitar o movimento adequado.<\/p>\n\n\n\n
No entanto, o estilo de vida moderno tem proporcionado o apagamento ou \u00eanfase dessas curvaturas, causando os mais variados problemas.<\/p>\n\n\n\n
A coluna vertebral<\/a> serve como um suporte para todos os movimentos do corpo. Por isso, suas curvaturas existem para aumentar a resist\u00eancia aos esfor\u00e7os de compress\u00e3o axial. Engenheiros demonstraram que a resist\u00eancia de uma coluna com curvaturas \u00e9 proporcional ao quadrado do n\u00famero de curvaturas mais um.<\/p>\n\n\n\n Assim, uma coluna do tipo funcional est\u00e1tica, que \u00e9 retificada e possui n\u00famero de curvaturas igual a zero, sua resist\u00eancia \u00e9 o dobro da primeira. No entanto, uma coluna com duas curvaturas possui resist\u00eancia cinco vezes maior que a retil\u00ednea.<\/p>\n\n\n\n J\u00e1 no caso de uma coluna com tr\u00eas curvaturas m\u00f3veis encontramos dez vezes mais resist\u00eancia que a retificada. Essa seria a coluna com todas as curvaturas fisiol\u00f3gicas:<\/p>\n\n\n\n Utiliza-se o \u00edndice raquidiano de Delmas para medir a import\u00e2ncia das curvaturas da coluna vertebral. Esse \u00edndice s\u00f3 \u00e9 medido num modelo anat\u00f4mico e consiste na rela\u00e7\u00e3o entre:<\/p>\n\n\n\n Quando a estrutura possui curvaturas da coluna normal o \u00edndice \u00e9 de 95%. O adequado \u00e9 que esse \u00edndice permane\u00e7a entre 95% e 96% para termos um funcionamento fisiol\u00f3gico da coluna vertebral.<\/p>\n\n\n\n No entanto, colunas com curvaturas mais acentuadas, como nos casos de hiperlordose <\/strong>ou hipercifose<\/strong>, o \u00edndice de Delmas \u00e9 inferior a 94%. Portanto, seu comprimento \u00e9 nitidamente maior que sua altura.<\/p>\n\n\n\n Uma coluna com curvaturas normais tem um \u00edndice de 95%; os limites m\u00e1ximos da coluna adequado s\u00e3o 95 e 96%. Uma coluna vertebral com curvaturas acentuadas possui um \u00edndice de Delmas inferior a 94%. Isto significa que o seu comprimento \u00e9 nitidamente maior do que a sua altura.<\/p>\n\n\n\n Colunas que possuem curvaturas pouco pronunciadas, como em casos de retifica\u00e7\u00e3o, possuem \u00edndices superiores a 96%. Essa classifica\u00e7\u00e3o anat\u00f4mica \u00e9 essencial j\u00e1 que existe uma rela\u00e7\u00e3o entre ela e o tipo funcional da coluna.<\/p>\n\n\n\n De acordo com A. Delmas, colunas que possuem curvaturas pronunciadas s\u00e3o do tipo funcional din\u00e2mico. J\u00e1 colunas com curvaturas pouco acentuadas s\u00e3o consideradas do tipo funcional est\u00e1tico.<\/p>\n\n\n\n Hoje em dia \u00e9 muito comum encontrar pacientes que sofreram perda de mobilidade tor\u00e1cica. A regi\u00e3o realmente \u00e9 mais propensa \u00e0 rigidez j\u00e1 que \u00e9 uma regi\u00e3o de invers\u00e3o de curvas. Na coluna vertebral todas as regi\u00f5es de trocas de linhas de for\u00e7a s\u00e3o mais vulner\u00e1veis.<\/p>\n\n\n\n Quando as curvaturas da coluna s\u00e3o mantidas em seu estado normal e fisiol\u00f3gico a coluna funciona de maneira equilibrado. Elas s\u00e3o respons\u00e1veis por distribu\u00edrem os vetores de for\u00e7a para fora da linha m\u00e9dia.<\/p>\n\n\n\n No entanto, ainda existe fragilidade da coluna vertebral nas invers\u00f5es dos vetores de for\u00e7a que ocorrem em espa\u00e7os de troca de curvas, indo de cifoses para lordoses ou vice-versa.<\/p>\n\n\n\n Como a coluna vertebral<\/strong> n\u00e3o \u00e9 um arco fixo existem elementos flex\u00edveis com seus fulcros de rota\u00e7\u00e3o. Em T11 e T12 encontramos o maior fulcro de rota\u00e7\u00e3o em nossa coluna. As facetas articulares de T11 e T12 s\u00e3o orientadas no plano frontal para rota\u00e7\u00e3o. Elas tamb\u00e9m est\u00e3o livres das costelas, sejam elas falsas ou verdadeiras.<\/p>\n\n\n\n As v\u00e9rtebras lombares s\u00e3o um contraste quando comparadas com as tor\u00e1cicas. Elas possuem facetas articulares no plano sagital e s\u00e3o orientadas para tr\u00e1s. O centro geom\u00e9trico do c\u00edrculo que passa por essas facetas lombares \u00e9 projetado em seus processos espinhosos.<\/p>\n\n\n\n Portanto, o fulcro de rota\u00e7\u00e3o das v\u00e9rtebras lombares encontra-se na espinhosa. Quando a lombar roda isso acontece atrav\u00e9s de um movimento de transla\u00e7\u00e3o lateral dos discos.<\/p>\n\n\n\n Por isso, o movimento de rota\u00e7\u00e3o na lombar \u00e9 um gerador de estresse mec\u00e2nico. As v\u00e9rtebras lombares possuem pouca capacidade de rota\u00e7\u00e3o, chegando a 3 ou 4 graus de rota\u00e7\u00e3o no m\u00e1ximo em cada segmento lombar.<\/p>\n\n\n\n De acordo com Kapandji, a coluna lombar possui facetas articulares superiores orientadas para tr\u00e1s e para dentro. Nenhuma delas \u00e9 plana. Na realidade, essas facetas articulares s\u00e3o c\u00f4ncavas transversalmente e retil\u00edneas verticalmente.<\/p>\n\n\n\n Geometricamente as facetas lombares est\u00e3o talhadas sobre a superf\u00edcie de um mesmo cilindro. Seu centro est\u00e1 localizado atr\u00e1s das facetas articulares, aproximadamente na base da ap\u00f3fise espinhosa.<\/p>\n\n\n\n Em v\u00e9rtebras lombares superiores o centro do cilindro encontra-se quase imediatamente atr\u00e1s da linha que une a margem posterior das ap\u00f3fises articulares. Em v\u00e9rtebras inferiores, o cilindro t\u00eam um di\u00e2metro maior e recua na mesma medida o seu centro em rela\u00e7\u00e3o ao corpo vertebral.<\/p>\n\n\n\n N\u00e3o devemos confundir o centro desse cilindro com o centro dos plat\u00f4s vertebrais quando a v\u00e9rtebra superior gira sobre a v\u00e9rtebra inferior. O movimento de rota\u00e7\u00e3o acontece ao redor desse centro e deve acompanhar-se, obrigatoriamente de um deslizamento do corpo vertebral da v\u00e9rtebra superior em rela\u00e7\u00e3o ao da v\u00e9rtebra subjacente.<\/p>\n\n\n\n Durante a tor\u00e7\u00e3o axial o disco vertebral n\u00e3o \u00e9 solicitado. Sua solicita\u00e7\u00e3o daria uma amplitude de movimento relativamente grande, mas causaria cisalhamento. Portanto, conseguimos entender que a rota\u00e7\u00e3o axial da coluna lombar \u00e9 limitada tanto em cada altura quanto no seu conjunto.<\/p>\n\n\n\n De acordo com trabalhos de Gr\u00e9gersen e D.B. Lucas, a rota\u00e7\u00e3o total direita-esquerda da lombar seria de 10\u00ba. Supondo que a rota\u00e7\u00e3o segment\u00e1ria estivesse repartida, isso seria dois graus para cada parte.<\/p>\n\n\n\n Portanto, um grau a cada lado em cada n\u00edvel. Assim, podemos destacar que a lombar n\u00e3o est\u00e1 conformada para realizar a rota\u00e7\u00e3o axial e \u00e9 limitada pelas orienta\u00e7\u00f5es das facetas articulares.<\/p>\n\n\n\n Durante os tratamentos de patologias relacionadas \u00e0 coluna precisamos entender que a coluna n\u00e3o \u00e9 somente um arco. Na realidade, ela \u00e9 composta por dois arcos quando pensamos somente nos segmentos tor\u00e1cicos e lombares.<\/p>\n\n\n\n Quando chegamos no segmento lombar esse arco se inverte sem que a tens\u00e3o da corda se perca. Assim, existe a possibilidade dos segmentos tor\u00e1cicos e lombares inverterem-se sem perder a liberdade do movimento.<\/p>\n\n\n\n A tens\u00e3o da corda \u00e0 qual menciono aqui \u00e9 gerada pelas tens\u00f5es m\u00fasculo tend\u00edneas. O movimento s\u00f3 \u00e9 poss\u00edvel se a tens\u00e3o da corda passar exatamente pelo centro do fulcro. Caso essa tens\u00e3o passar atr\u00e1s ou \u00e0 frente do fulcro, teremos uma das curvaturas da coluna aumentada ou diminu\u00edda.<\/p>\n\n\n\n Portanto, geramos dificuldades em nossas colunas para realizar rota\u00e7\u00f5es. Essas rota\u00e7\u00f5es s\u00f3 ser\u00e3o recuperadas no segmento lombar, sobretudo em L4-L5. N\u00e3o \u00e9 coincid\u00eancia que esse segmento lombar possui grande tend\u00eancia \u00e0 instabilidade e surgimento de les\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n Bibliografia<\/p>\n\n\n\n <\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Quando tratamos uma coluna com problemas de instabilidade ou falta de movimento, precisamos nos atentar \u00e0s curvaturas da coluna. Nosso corpo possui uma estrutura que precisa estar sempre em equil\u00edbrio para possibilitar o movimento adequado. No entanto, o estilo de vida moderno tem proporcionado o apagamento ou \u00eanfase dessas curvaturas, causando os mais variados problemas. 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