Apesar de serem amplamente mencionadas nas \u00e1reas do movimento, nem todo mundo sabe o que s\u00e3o Cadeias Musculares. Mas fique sabendo: entender o que elas s\u00e3o e como funcionam muda todo seu tratamento.<\/p>\n\n\n\n
Posso garantir que se voc\u00ea as ignora tem grande probabilidade de reabilitar seu aluno da maneira errada. E isso n\u00e3o muda de acordo com a patologia ou desequil\u00edbrio.<\/p>\n\n\n\n
<\/p>\n\n\n\n
<\/p>\n\n\n\n
Segundo Madame <\/a>Mezi\u00e9r\u00e8s<\/a> as cadeias musculares s\u00e3o o:<\/p>\n\n\n\n O conjunto de m\u00fasculos pluriarticulares de mesmo sentido e dire\u00e7\u00e3o que se comportam como se fossem um \u00fanico s\u00f3 m\u00fasculo. Elas recobrem como se fossem telhas de um telhado.<\/p>\n\n\n\n J\u00e1 a Madame Godeli\u00e8ve Denys Struyf<\/a> acreditava que o indiv\u00edduo se estrutura sobre a sua hist\u00f3ria de vida. E as Cadeias Musculares ir\u00e3o se moldar ao indiv\u00edduo de acordo com suas necessidades de express\u00e3o corporal.<\/p>\n\n\n\n Segundo L\u00e9opold Busquet as Cadeias Musculares s\u00e3o circuitos anat\u00f4micos que circulam o corpo atrav\u00e9s das <\/a>for\u00e7as<\/a> organizadoras.<\/p>\n\n\n\n Tom Mayers descreve como trilhos anat\u00f4micos.<\/p>\n\n\n\n <\/p>\n\n\n\n <\/p>\n\n\n\n As f\u00e1scias s\u00e3o essenciais para qualquer movimento humano. Elas tamb\u00e9m est\u00e3o muito relacionadas com as cadeias musculares.<\/p>\n\n\n\n \u201cO termo “f\u00e1scia” representa o tecido conjuntivo membranoso, um verdadeiro esqueleto fibroso que inclui o tecido muscular e funciona como pe\u00e7a \u00fanica\u201d. Marcel Bienfait<\/em><\/p>\n\n\n\n A f\u00e1scia \u00e9 uma estrutura passiva que transmite tens\u00f5es mec\u00e2nicas geradas pela atividade muscular. Uma de suas fun\u00e7\u00f5es \u00e9 diminuir o atrito entre m\u00fasculos, vasos, tend\u00f5es, nervos e ossos. Al\u00e9m disso, a f\u00e1scia \u00e9 a \u00fanica que recobre todo o corpo. Ela tamb\u00e9m \u00e9 econ\u00f4mica, pois requer baixo custo energ\u00e9tico para sua manuten\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n Foi a descoberta da f\u00e1scia que permitiu essa vis\u00e3o de totalidade e globalidade corporal que temos hoje em dia. Adiante veremos um pouco mais sobre como essas descobertas sobre a f\u00e1scia levaram \u00e0s t\u00e9cnicas e m\u00e9todos que utilizamos.<\/p>\n\n\n\n <\/p>\n\n\n\n <\/p>\n\n\n\n O tecido conjuntivo \u00e9 formado, logicamente por c\u00e9lulas conjuntivas, os blastos. Segundo Marcel Bienfait (1995), os blastos em sua fisiologia produzem a secre\u00e7\u00e3o de duas prote\u00ednas de constitui\u00e7\u00e3o: o col\u00e1geno e a elastina.<\/p>\n\n\n\n Como em todas as prote\u00ednas as duas se renovam, o col\u00e1geno \u00e9 uma prote\u00edna de curta dura\u00e7\u00e3o, enquanto a elastina \u00e9 a prote\u00edna de longa dura\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n O col\u00e1geno sendo uma prote\u00edna de curta dura\u00e7\u00e3o se renova durante toda a vida. \u00c9 nela que conseguiremos atuar com efetividade, porque o que estimula a produ\u00e7\u00e3o de col\u00e1geno \u00e9 o tensionamento do tecido.<\/p>\n\n\n\n Se o tecido suporta tens\u00f5es curtas e repetidas observamos o conjuntivo se alongar (m\u00fasculos sadios). J\u00e1 sabemos que os m\u00fasculos t\u00f4nicos devem trabalhar em rajadas, somente para reequilibrar o conjunto corporal. Ele trabalha por contra\u00e7\u00e3o, reequil\u00edbrio e logo em seguida relaxamento.<\/p>\n\n\n\n Se houver algum desarranjo biomec\u00e2nico e o m\u00fasculo n\u00e3o conseguir se relaxar acontecer\u00e3o compensa\u00e7\u00f5es. Assim, outros m\u00fasculos s\u00e3o for\u00e7ados a cumprir as fun\u00e7\u00f5es desses m\u00fasculos que n\u00e3o se relaxaram. Os m\u00fasculos assim precisar\u00e3o realizar uma contra\u00e7\u00e3o longa, sem relaxamento. Em sequ\u00eancia o tecido se tornar\u00e1 mais denso, perdendo sua elasticidade.<\/p>\n\n\n\n Pesquisas recentes apontam para uma nova propriedade da f\u00e1scia que \u00e9 a de se contrair sozinha, sem a\u00e7\u00e3o muscular.<\/p>\n\n\n\n O terapeuta Robert Schliep, licenciado em psicologia, juntou-se ao neurofisiologista Heike Jaeger e desde 2003 na Universidade de Ulm montaram um laborat\u00f3rio de estudo fascial. L\u00e1 descobriram que o estresse pode contrair a f\u00e1scia sem os m\u00fasculos, e estudam ainda a possibilidade da f\u00e1scia possuir seus pr\u00f3prios receptores.<\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m do seu trabalho cl\u00ednico como rolfista e dos cursos que ministra, ele dirige o Projeto de Pesquisa da F\u00e1scia na Universidade de Ulm, na Alemanha. Esse \u00e9 o projeto mais avan\u00e7ado neste assunto atualmente (www.fasciaresearch.de).<\/p>\n\n\n\n Ele recebeu um pr\u00eamio por seu trabalho em Medicina Musculoesquel\u00e9tica que relaciona a f\u00e1scia ao tecido que recobre todo o corpo humano. Ela vai al\u00e9m das estruturas musculoesquel\u00e9ticas e se engendra por todo sistema visceral. Assim ligamos a f\u00e1scia diretamente aos tecidos viscerais, nervosos e musculoesquel\u00e9ticos gerando assim, o sistema de tensigridade corporal.<\/p>\n\n\n\n Tensigridade corporal \u00e9 o termo que designa a explicar que qualquer for\u00e7a externa que atue sobre o corpo, sendo este um sistema \u00fanico de tens\u00e3o pode alterar. O corpo \u00e9 como uma rede \u00fanica de tens\u00e3o, qualquer estrutura corporal como se fosse uma rede mesmo \u00e0 dist\u00e2ncia. \u00c9 a f\u00e1scia que permite a continuidade de for\u00e7as existentes nas Cadeias Musculares.<\/p>\n\n\n\n <\/p>\n\n\n\n <\/p>\n\n\n\n Necessitamos ver o paciente atrav\u00e9s de seu corpo fisiol\u00f3gico ou adoecido. Isso ajuda a descobrir o que ele acoberta e quais compensa\u00e7\u00f5es esconde, e isso s\u00f3 ser\u00e1 poss\u00edvel atrav\u00e9s de muita dedica\u00e7\u00e3o e de estudos.<\/p>\n\n\n\nO papel da f\u00e1scia nas Cadeias Musculares<\/strong><\/h2>\n\n\n\n
Tecido conjuntivo e m\u00fasculos<\/strong><\/h2>\n\n\n\n
A f\u00e1scia<\/strong><\/h3>\n\n\n\n
Leis Mec\u00e2nicas que regem o Corpo<\/strong><\/h2>\n\n\n\n
Biomec\u00e2nica e anatomia<\/strong><\/h3>\n\n\n\n