Sabemos que o corpo adota diversos mecanismos de adapta\u00e7\u00e3o para controlar os movimentos e priorizar as v\u00edsceras. Entre elas, temos as adapta\u00e7\u00f5es do diafragma que, de acordo com estudos, est\u00e3o relacionadas a altera\u00e7\u00f5es na press\u00e3o intra-abdominal. Entenda mais sobre a anatomia do diafragma, seu funcionamento e como isso influencia nas altera\u00e7\u00f5es do corpo. <\/p>\n\n\n\n
O diafragma \u00e9 um m\u00fasculo de fun\u00e7\u00e3o respirat\u00f3ria. Dessa forma, \u00e9 composto por uma l\u00e2mina m\u00fasculo-fibrosa curvada que divide a cavidade tor\u00e1cica da cavidade abdominal. Em sua composi\u00e7\u00e3o anat\u00f4mica, a face\u00a0 superior convexa est\u00e1 voltado em dire\u00e7\u00e3o cef\u00e1lica, para o t\u00f3rax. J\u00e1 em sua face inferior c\u00f4ncava est\u00e1 voltado para o abd\u00f4men. As suas posi\u00e7\u00f5es cupulares possuem movimentos oscilat\u00f3rios e vari\u00e1veis pois trabalham de acordo com a fase respirat\u00f3ria da ventila\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n
Primeiramente, encontraremos ap\u00f3s expira\u00e7\u00e3o for\u00e7ada a c\u00fapula direita na altura aproximada da quarta cartilagem costal (mamilo direito). No entanto, a c\u00fapula esquerda se encontra aproximadamente uma costela abaixo. No momento de uma inspira\u00e7\u00e3o m\u00e1xima, a c\u00fapula pode descer aproximadamente 10cm.<\/p>\n\n\n\n
A origem das fibras musculares do diafragma emerge da circunfer\u00eancia obl\u00edqua da abertura superior do t\u00f3rax. As inser\u00e7\u00f5es s\u00e3o baixas posteriormente e lateralmente, por\u00e9m altas anteriormente. O m\u00fasculo anatomicamente possui tr\u00eas partes:<\/p>\n\n\n\n
A por\u00e7\u00e3o esternal do diafragma inicia-se no rebordo posterior do processo xifoide, e nem sempre est\u00e1 presente. Assim, a parte costal do diafragma tem origem nas faces internas das seis cartilagens costais inferiores e de suas costelas adjacentes a cada lado. Ela possui \u00edntima rela\u00e7\u00e3o com o m\u00fasculo transverso do abd\u00f4men.<\/p>\n\n\n\n
J\u00e1 a por\u00e7\u00e3o lombar do diafragma origina-se nos dois arcos aponeur\u00f3ticos: os ligamentos arqueados medial e lateral. A partir das v\u00e9rtebras lombares pelos dois pilares musculares, possui o pilar direito e o pilar esquerdo.<\/p>\n\n\n\n
O ligamento arqueado lateral \u00e9 uma faixa espessada de f\u00e1scia que recobre o m\u00fasculo quadrado lombar. Ele arqueia atrav\u00e9s da parte superior do m\u00fasculo, se fixando medialmente \u00e0 frente do processo transverso da primeira v\u00e9rtebra lombar e lateralmente \u00e0 margem inferior da d\u00e9cima segunda costela pr\u00f3ximo ao seu ponto m\u00e9dio.<\/p>\n\n\n\n
O ligamento arqueado medial \u00e9 um arco tend\u00edneo na f\u00e1scia que recobre a parte superior do m\u00fasculo psoas maior. Medialmente, \u00e9 cont\u00ednuo com a margem tend\u00ednea lateral do pilar correspondente. Deste modo encontra-se fixado ao lado do corpo da primeira ou segunda v\u00e9rtebra lombar. Lateralmente, est\u00e1 fixado \u00e0 frente do processo transverso da primeira v\u00e9rtebra lombar.<\/p>\n\n\n\n
Os pilares do diafragma s\u00e3o tend\u00edneos em suas inser\u00e7\u00f5es e se misturam ao ligamento longitudinal anterior da coluna vertebral. O pilar direito \u00e9 mais largo que o esquerdo , e surge a partir das faces antero-laterais dos corpos vertebrais e dos discos intervertebrais das tr\u00eas v\u00e9rtebras lombares superiores. O pilar esquerdo se origina nas partes correspondentes das duas v\u00e9rtebras lombares superiores.<\/p>\n\n\n\n
Estas fixa\u00e7\u00f5es circunferenciais fazem com que as fibras do diafragma convergam para o centro tend\u00edneo. As fibras a partir do processo xifoide s\u00e3o curtas, seguem quase horizontalmente. J\u00e1 as fibras derivadas dos ligamentos arqueados medial e lateral, e mais especialmente aquelas derivadas das costelas e suas cartilagens, s\u00e3o mais longas.<\/p>\n\n\n\n
Elas se elevam quase verticalmente primeiro, e em seguida se curvam em dire\u00e7\u00e3o \u00e0 sua fixa\u00e7\u00e3o central. As fibras mediais do pilar direito envolvem o es\u00f4fago por onde atravessa o diafragma, sendo que as fibras mais superficiais ascendem \u00e0 esquerda e as fibras mais profundas cobrem a margem direita. O fasc\u00edculo muscular derivado da face medial do pilar esquerdo cruza a aorta e segue de forma obliqua atrav\u00e9s das fibras do pilar direito em dire\u00e7\u00e3o ao forame da veia cava.<\/p>\n\n\n\n
O centro tend\u00edneo do diafragma \u00e9 uma delgada, por\u00e9m forte, aponeurose de fibras intimamente entrela\u00e7adas, situada pr\u00f3ximo ao centro do m\u00fasculo, contudo bem pr\u00f3ximo da parte anterior do t\u00f3rax, de maneira que suas fibras musculares posteriores sejam mais longas. No centro, ele se encontra abaixo do peric\u00e1rdio, com o qual se funde parcialmente. Por\u00e9m, devo aqui dizer que est\u00e1 e uma vis\u00e3o antiga do diafragma. Hoje sabemos que este m\u00fasculo possui complexas fun\u00e7\u00f5es no nosso corpo. A seguir descreverei algumas pesquisas que denotam sua grande import\u00e2ncia.<\/p>\n\n\n\n