O assoalho p\u00e9lvico \u00e9 um complexo anat\u00f4mico que ainda gera muitas d\u00favidas nos profissionais do movimento, especialmente quando o assunto s\u00e3o as altera\u00e7\u00f5es do assoalho p\u00e9lvico em gestantes. N\u00f3s precisamos compreender muito bem seu funcionamento, visto que s\u00e3o m\u00fasculos participantes do Powerhouse. Portanto, sua compreens\u00e3o \u00e9 de extrema import\u00e2ncia para compreendermos essa estrutura.<\/p>\n\n\n\n
Sabemos que o assoalho p\u00e9lvico se faz fundamental para o controle fecal, mict\u00f3rio e para a fun\u00e7\u00e3o sexual. No entanto, existe outro assunto importante para discutirmos antes de falarmos do assoalho p\u00e9lvico. Dessa forma, \u00e9 preciso entender um pouco sobre a anatomia da estrutura que comporta todos os \u00f3rg\u00e3os p\u00e9lvicos para depois compreender altera\u00e7\u00f5es do assoalho p\u00e9lvico em gestantes.<\/p>\n\n\n\n
A cintura p\u00e9lvica, onde se anulam a for\u00e7a de peso normal e solo, \u00e9 composta pelos dois il\u00edacos<\/a> e o sacro. Essas estruturas formam a articula\u00e7\u00e3o Sacro il\u00edaca.<\/p>\n\n\n\n A Sacro il\u00edaca transfere a carga dos membros inferiores para:<\/p>\n\n\n\n Na parte medial do forame obturado, o p\u00fabis se junta ao \u00edsquio. J\u00e1 na parte lateral ele est\u00e1 voltado para os membros inferiores. Nessa regi\u00e3o o p\u00fabis d\u00e1 a inser\u00e7\u00e3o a diversos m\u00fasculos mediais da coxa.<\/p>\n\n\n\n Fortes inser\u00e7\u00f5es ligamentares e musculares se localizam na face p\u00f3stero inferior do \u00edsquio, mais precisamente no tub\u00e9rculo isqui\u00e1tico<\/p>\n\n\n\n O acet\u00e1bulo \u00e9 a parte \u00f3ssea c\u00f4ncava formada pela fus\u00e3o dos ossos:<\/p>\n\n\n\n \u00c9 aprofundada por um anel de fibrocartilagem, o l\u00e1bio do acet\u00e1bulo.<\/p>\n\n\n\n *For\u00e7a da Gravidade: For\u00e7a gerada pela massa corporal em kg, quanto pesamos vezes acelera\u00e7\u00e3o gravitacional (aproximadamente 9,8)<\/p>\n\n\n\n *A For\u00e7a de Rea\u00e7\u00e3o Solo: atua do solo para o corpo que est\u00e1 em contato, representando uma resposta \u00e0s a\u00e7\u00f5es musculares e ao peso corporal transmitido por meio dos p\u00e9s.<\/p>\n\n\n\n Apesar da pelve masculina e feminina serem similares, existe uma ligeira diferen\u00e7a entre ambas. Afinal de contas, a regi\u00e3o da pelve menor masculina \u00e9 mais profunda que a da mulher. Portanto, sua abertura superior \u00e9 mais estreita e a inferior menor, j\u00e1 a pelve feminina \u00e9 mais larga e grande, adapta\u00e7\u00f5es necess\u00e1rias para o momento da gravidez e do parto. Justificando assim, algumas diferen\u00e7as do assoalho p\u00e9lvico em gestantes.<\/p>\n\n\n\n O assoalho p\u00e9lvico \u00e9 formado por algumas estruturas como que encerram a pelve inferiormente como:<\/p>\n\n\n\n Os m\u00fasculos do assoalho p\u00e9lvico (MAP), s\u00e3o organizados anatomicamente em duas camadas:<\/p>\n\n\n\n Essa camada \u00e9 chamada de per\u00edneo sendo constitu\u00edda pelos \u00f3rg\u00e3os genitais externos e o \u00e2nus. No homem inicia-se na bolsa escrotal (test\u00edculos) segundo at\u00e9 o \u00e2nus. Contudo, a anatomia feminina \u00e9 diferente, na mulher segue da vulva at\u00e9 o \u00e2nus.<\/p>\n\n\n\n Esses t\u00eam como fun\u00e7\u00e3o manter o fluxo urin\u00e1rio. Tamb\u00e9m tornam poss\u00edvel o ato sexual (promovem a ere\u00e7\u00e3o do p\u00eanis e do clit\u00f3ris, a ejacula\u00e7\u00e3o e as contra\u00e7\u00f5es da vulva durante o orgasmo), al\u00e9m do parto.<\/p>\n\n\n\n A camada profunda \u00e9 composta pelos m\u00fasculos:<\/p>\n\n\n\n O conjunto desses m\u00fasculos formam o diafragma p\u00e9lvico. Portanto, eles s\u00e3o de fundamental import\u00e2ncia para a sustenta\u00e7\u00e3o dos \u00f3rg\u00e3os internos. Sabemos que esses m\u00fasculos permanecem contra\u00eddos constantemente. Al\u00e9m disso, quando num aumento da press\u00e3o abdominal repentina, como tossir ou esperar, gera uma contra\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e aumenta a tens\u00e3o nesses m\u00fasculos. Isso acontece para manter os \u00f3rg\u00e3os em sua posi\u00e7\u00e3o normal. Al\u00e9m disso, esses m\u00fasculos possuem esf\u00edncteres que permanecem fechados.<\/p>\n\n\n\n Contudo, quando urinamos ou defecamos a musculatura dever\u00e1 se relaxar e os esf\u00edncteres se abrem para permitir a defeca\u00e7\u00e3o e mic\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n <\/strong>As principais fun\u00e7\u00f5es dos m\u00fasculos do assoalho p\u00e9lvico s\u00e3o:<\/p>\n\n\n\n Entretanto, esses m\u00fasculos podem n\u00e3o desempenhar seu papel eficaz. Isso pode acontecer por excesso de tens\u00e3o ou fraqueza dos mesmos ou por diferentes motivos:<\/p>\n\n\n\n Assim, surgem disfun\u00e7\u00f5es importantes como a incontin\u00eancia urin\u00e1ria<\/a>.<\/p>\n\n\n\n Em estudo epidemiol\u00f3gico no Brasil, foi encontrado a preval\u00eancia de 35% de queixa de perda urin\u00e1ria aos esfor\u00e7os em mulheres entre 45 e 60 anos de idade. A queixa em mulheres atletas \u00e9 de 22% a 47%, sofrendo varia\u00e7\u00e3o de acordo com a atividade. As causas ainda n\u00e3o est\u00e3o completamente elucidadas e algumas ainda s\u00e3o pouco discutidas.<\/p>\n\n\n\n A incontin\u00eancia urin\u00e1ria de esfor\u00e7o atinge com mais frequ\u00eancia mulheres entre 25 e 49 anos de idade. A atividade f\u00edsica de alto impacto \u00e9 um fator de risco para desenvolv\u00ea-la, mas ela s\u00f3 \u00e9 percebida a partir da realiza\u00e7\u00e3o de atividades que predisponham a perda de urina.<\/p>\n\n\n\n Outros fatores de risco incluem:<\/p>\n\n\n\nEstruturas que encerram a pelve inferiormente<\/h3>\n\n\n\n
A camada superficial \u00e9 formada pelos seguintes m\u00fasculos:<\/h4>\n\n\n\n
A import\u00e2ncia do assoalho p\u00e9lvico<\/strong><\/h2>\n\n\n\n
Incontin\u00eancia urin\u00e1ria no Brasil<\/strong><\/h2>\n\n\n\n
Causas da incontin\u00eancia<\/strong><\/h3>\n\n\n\n