A s\u00edndrome do piriforme \u00e9 uma velha conhecida de instrutores de Pilates porque possui algumas caracter\u00edsticas espec\u00edficas, como:<\/p>\n\n\n\n
Geralmente ocorre porque existe atividade excessiva ou les\u00e3o local do m\u00fasculo. Essa \u00e9 uma doen\u00e7a neuromuscular que causa:<\/p>\n\n\n\n
Na regi\u00e3o das n\u00e1degas e ao longo do trajeto do nervo ci\u00e1tico atrav\u00e9s do membro inferior. \u00c9 claro que, para tratar a condi\u00e7\u00e3o, o profissional do Pilates precisa compreender suas causas, forma\u00e7\u00e3o e biomec\u00e2nica. Por isso, trouxe esse guia explicativo sobre a patologia para conseguirmos prestar melhor atendimento a nossos pacientes. Continue lendo para entender!<\/p>\n\n\n\n
Aproximadamente 17% das pessoas podem ter uma altera\u00e7\u00e3o anat\u00f4mica que, em alguns casos, leva ao surgimento da s\u00edndrome do piriforme. Assim o nervo ci\u00e1tico pode atravessar o m\u00fasculo ci\u00e1tico e n\u00e3o simplesmente por baixo dele. Al\u00e9m disso, a patologia \u00e9 frequente em: <\/p>\n\n\n\n
A S\u00edndrome do Piriforme \u00e9 uma causa comum de dor na regi\u00e3o lombar e membros inferiores, mas seu diagn\u00f3stico nem sempre acontece rapidamente. Como as causas s\u00e3o incertas, muitos profissionais acabam imaginando que a dor surgiu por outro motivo e s\u00f3 chegam na s\u00edndrome por elimina\u00e7\u00e3o conforme o tratamento n\u00e3o traz resultado.<\/p>\n\n\n\n
O musculo piriforme \u00e9 um m\u00fasculo plano e achatado que fica \u00e0 frente da cifose sacral. O piriforme est\u00e1 entre o musculo gl\u00fateo m\u00ednimo e o musculo g\u00eameo superior. As cifoses possuem m\u00fasculos planos e chatos localizados em sua parte anterior. Por serem curvaturas de menor mobilidade, e, portanto, necessitarem de maior estabiliza\u00e7\u00e3o, possuem um formato piramidal, inclusive ganham seu nome dessa forma. <\/p>\n\n\n\n
O piriforme tem sua origem na face anterior do sacro dos primeiros ao quarto forame sacral. Ele surge do ligamento sacro isqui\u00e1tico, seguindo em seu trajeto de direcionamento de fibras para fora e para a frente passando pela fissura isqui\u00e1tica para inserir-se no troc\u00e2nter maior do f\u00eamur. A fissura isqui\u00e1tica possui dois forames: Supra piriforme e Infra piriforme. Em conjunto, eles abrigam a passagem do m\u00fasculo piriforme atrav\u00e9s dos forames isqui\u00e1ticos. <\/p>\n\n\n\n
O forame isqui\u00e1tico maior \u00e9 composto pela passagem do piriforme pelo forame isqui\u00e1tico maior, unindo o piriforme do sacro ao f\u00eamur, dividindo assim o forame isqui\u00e1tico maior em outros dois forames, conforme j\u00e1 citado. Pelo forame supra piriforme conformam-se:<\/p>\n\n\n\n
J\u00e1 pelo forame infra piriforme seguem:<\/p>\n\n\n\n
Compreender anatomicamente o plexo lombo sacral \u00e9 essencial para entender as disfun\u00e7\u00f5es que podem acometer o campo inervat\u00f3rio da regi\u00e3o. Segundo Cruz et al os dist\u00farbios que acometem o plexo lombo sacral e seus segmentos podem resultar em:<\/p>\n\n\n\n
Para Aumuller et al, 2009, a forma\u00e7\u00e3o do plexo lombo sacral, se d\u00e1 pela participa\u00e7\u00e3o dos ramos ventrais dos nervos espinhais de T12 at\u00e9 S4. Antes de atingirem seu territ\u00f3rio final de inerva\u00e7\u00e3o, os ramos ventrais dessa inerva\u00e7\u00e3o trocam fibras nervosas com os remos ventrais dos nervos espinhais mais superiores e inferiores. Assim, realizam um grande interc\u00e2mbio e emaranhado de fibras nervosas, dando origem ao plexo lombo sacral. As fibras do plexo lombo sacral inervam a parede do abdome, do assoalho p\u00e9lvico e dos membros inferiores. <\/p>\n\n\n\n
Por sua descri\u00e7\u00e3o topogr\u00e1fica, dividimos o plexo lombo sacral anatomicamente em duas por\u00e7\u00f5es: o plexo lombar e o plexo sacral.<\/p>\n\n\n\n
Em sua forma\u00e7\u00e3o, o plexo lombar possui os ramos ventrais dos espinhais de T12 a L4. Com rela\u00e7\u00e3o \u00e0 sua localiza\u00e7\u00e3o, em sua por\u00e7\u00e3o maior o plexo lombar est\u00e1 na parede posterior do abd\u00f4men. Ele \u00e9 disposto dorsalmente \u00e0s fibras do m\u00fasculo Psoas<\/a> maior e ventralmente aos processos transversos das v\u00e9rtebras lombares (Gray e Goss, 1988). Apenas seus ramos terminais est\u00e3o por entre as fibras do m\u00fasculo Psoas <\/a>maior (Laterjet e Liard, 1996). <\/p>\n\n\n\n Sua constitui\u00e7\u00e3o anat\u00f4mica pode apresentar varia\u00e7\u00f5es, mas, a princ\u00edpio, sua forma\u00e7\u00e3o ocorre da seguinte forma.<\/p>\n\n\n\n Em sua forma\u00e7\u00e3o no plexo sacral est\u00e3o os ramos ventrais dos nervos lombares L4 e L5. Fundidos, os ramos formam o tronco <\/a>lombo sacral, que unidos aos nervos sacrais de S1 a S4, dar\u00e3o originem o plexo sacral. Os ramos dos nervos que comp\u00f5em o plexo apresentam ainda uma divis\u00e3o anterior e posterior. No tangente a sua topografia, o plexo sacral encontra-se junto \u00e0 parede p\u00f3stero lateral da pelve, entre o m\u00fasculo piriforme e os vasos il\u00edacos internos. E posteriormente suas fibras emergem atrav\u00e9s do forame isqui\u00e1tico maior em dire\u00e7\u00e3o \u00e0 regi\u00e3o gl\u00fatea. <\/p>\n\n\n\n J\u00e1 o forame isqui\u00e1tico maior \u00e9 dividido em dois forames: o supra piriforme e o infra piriforme. Essa divis\u00e3o ocorre atrav\u00e9s do m\u00fasculo piriforme que atravessa o forame isqui\u00e1tico maior, de maneira a dividi-lo. <\/p>\n\n\n\n O nervo ci\u00e1tico ou nervo isqui\u00e1tico \u00e9 o mais longo e de maior calibre do corpo humano. Ele emerge por diversos ramos nervosos na coluna vertebral, principalmente das duas \u00faltimas v\u00e9rtebras lombares (L4 e L5) e dos tr\u00eas primeiros nervos sacros. Dessa forma, ele caminha para o centro das n\u00e1degas, face posterior da perna e se divide na parte posterior do joelho em dois ramos: um interno e outro externo. <\/p>\n\n\n\n O nervo ci\u00e1tico est\u00e1 envolvido nas ciatalgias sendo respons\u00e1veis por algias e parestesias. Os sintomas podem se estender ao longo de todo o seu tra\u00e7o: desde as n\u00e1degas, coxas, pernas, p\u00e9 e dedos. Por isso, \u00e9 comum confundir a ciatalgia com uma s\u00edndrome do piriforme. <\/p>\n\n\n\n Conforme observamos anteriormente, anatomicamente o m\u00fasculo piriforme tem sua localiza\u00e7\u00e3o muito pr\u00f3xima a um complexo emaranhado nervoso. Isso dificulta muitas vezes seu diagn\u00f3stico preciso, podendo ser a s\u00edndrome do piriforme facilmente confundida com uma compress\u00e3o ci\u00e1tica. A diferencia\u00e7\u00e3o diagnostica se d\u00e1 pelo trajeto da dor. <\/p>\n\n\n\n Uma crise de ciatalgia pode ser desenvolvida por uma dor lombar j\u00e1 que os ramos do ci\u00e1tico surgem de L4 e L5. Uma de suas caracter\u00edsticas marcantes \u00e9 a dor que segue o trajeto do nervo. No entanto, na s\u00edndrome do piriforme a dor referida \u00e9 sentida como uma dor profunda nas n\u00e1degas. <\/p>\n\n\n\n Contudo, fique atento porque um diagn\u00f3stico n\u00e3o exclui o outro!<\/strong> Podemos perfeitamente encontrar um aluno com ambos os dist\u00farbios. O m\u00fasculo piriforme pode ser fonte de v\u00e1rios problemas devido a sua localiza\u00e7\u00e3o anat\u00f4mica. <\/p>\n\n\n\n O piriforme costuma ser classificado como um extensor, abdutor e rotador lateral do quadril. Contudo, precisamos admitir que essa \u00e9 uma vis\u00e3o um tanto simplista para um m\u00fasculo t\u00e3o profundo e de localiza\u00e7\u00e3o um tanto estrat\u00e9gica. O corpo humano possui:<\/p>\n\n\n\n Dessa forma, pense bem na fun\u00e7\u00e3o do piriforme; ser\u00e1 que um m\u00fasculo originado na face interna do sacro e que vai at\u00e9 o troc\u00e2nter maior do f\u00eamur teria essas fun\u00e7\u00f5es? Al\u00e9m disso, ele possui poucas fibras e diminuto torque. Proponho a voc\u00eas uma an\u00e1lise mais aprofundada do m\u00fasculo piriforme. Conforme falamos, o piriforme verticaliza o sacro por t\u00ea-lo como ponto fixo em sua regi\u00e3o proximal e por estar transversalmente e levemente inclinado em dire\u00e7\u00e3o ao troc\u00e2nter maior. J\u00e1 quando de encontro \u00e0 for\u00e7a de rea\u00e7\u00e3o ou for\u00e7a solo sua fun\u00e7\u00e3o \u00e9 distribui\u00e7\u00e3o de for\u00e7a ascendente na articula\u00e7\u00e3o sacroil\u00edaca atrav\u00e9s da articula\u00e7\u00e3o coxofemoral. <\/p>\n\n\n\n Ele posterioriza o il\u00edaco junto aos potentes abdominais e isquiotibiais. Sob o efeito das for\u00e7as ascendentes e descendentes ele afasta as asas inferiores do il\u00edaco, essencial para a marcha. J\u00e1 que os ligamentos n\u00e3o t\u00eam propriedade contr\u00e1til \u00e9 o piriforme que protege a pelve de todas essas for\u00e7as. Portanto, ele aproxima a parte inferior do sacro ao \u00edsquio, tendo essa a\u00e7\u00e3o completada pelo m\u00fasculos isquiococcigeo. Al\u00e9m disso, estabiliza a pelve junto ao gl\u00fateo m\u00e1ximo. <\/p>\n\n\n\n Contudo, devido a sua localiza\u00e7\u00e3o mais profunda, e por estar em intima rela\u00e7\u00e3o com os ossos, \u00e9 o primeiro solicitado para essa nobre fun\u00e7\u00e3o. Em sua fun\u00e7\u00e3o distal o piriforme, \u00e9 o respons\u00e1vel por opor-se \u00e0 subida da cabe\u00e7a femoral quando os m\u00fasculos gl\u00fateos m\u00e9dios realizam a abdu\u00e7\u00e3o do quadril. Inicialmente, ele tende a elevar a cabe\u00e7a femoral de encontro ao acet\u00e1bulo. Dessa forma, o piriforme, assume duas fun\u00e7\u00f5es importantes biomec\u00e2nicas. <\/p>\n\n\n\n Ele \u00e9 o respons\u00e1vel pela centragem da cabe\u00e7a do f\u00eamur no acet\u00e1bulo e por coordenar junto ao gl\u00fateo m\u00e9dio a qualidade do movimento de abdu\u00e7\u00e3o do quadril, em a\u00e7\u00e3o conc\u00eantrica. Em excentricidade o piriforme ser\u00e1 o grande opositor a extens\u00e3o exagerada do quadril, tornando-se um flexor. Portanto, o piriforme \u00e9 fundamental para um bom funcionamento de quadril. <\/p>\n\n\n\n Percebemos sua verdadeira a\u00e7\u00e3o proprioceptiva e coordenadora dos movimentos do mesmo. Para tanto, se faz necess\u00e1rio que os gl\u00fateos estejam funcionando dentro de sua fisiologia normal. Uma vez contraturados, por ser o piriforme um ligamento ativo circundado de inerva\u00e7\u00f5es importantes, estaremos diante de importantes disfun\u00e7\u00f5es do quadril.<\/p>\n\n\n\n Conforme citado, caso o quadril esteja fora de sua fisiologia de movimento, com gl\u00fateos extremamente contraturados ou tensos, os il\u00edacos seguir\u00e3o aos mandatos de outros m\u00fasculos, que podem ser:<\/p>\n\n\n\n Os adutores e obl\u00edquos do abd\u00f4men gerando um fechamento il\u00edaco, colocando o musculo piriforme em tens\u00e3o m\u00e1xima, pois conforme citado o mesmo \u00e9 fundamental para manter a asa il\u00edaca em sua parte inferior pr\u00f3xima.<\/p>\n\n\n\n Agora que j\u00e1 conhecemos a anatomia e a biomec\u00e2nica do quadril perante o musculo piriforme, discutiremos a s\u00edndrome em si j\u00e1 que diagn\u00f3stico e defini\u00e7\u00e3o faz-se at\u00e9 os dias e hoje confusos, desde sua descri\u00e7\u00e3o inicial em 1928. Alguns autores afirmam ser a s\u00edndrome do Piriforme \u00e9 a inflama\u00e7\u00e3o do nervo ci\u00e1tico ou ciatalgia, a mesma disfun\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n Portanto, elas n\u00e3o possuiriam distin\u00e7\u00f5es cl\u00ednicas, talvez pelo fato da origem das dores serem muito pr\u00f3ximas, os sintomas muito parecidos e por n\u00e3o existir exames espec\u00edficos para a diagn\u00f3stico diferencial, que se faz puramente clinico. Isso gera grande margem para interpreta\u00e7\u00f5es amb\u00edguas. Para outros autores, a s\u00edndrome do piriforme consiste em uma importante causa de dor na regi\u00e3o gl\u00fatea. <\/p>\n\n\n\n Portanto, ela aconteceria devido a uma inflama\u00e7\u00e3o mec\u00e2nica causada no nervo ci\u00e1tico, decorrente do aumento de tens\u00e3o, encurtamento ou espasmo do m\u00fasculo piriforme. O fator mais estudado atualmente, mas ainda n\u00e3o aceito totalmente pela comunidade cientifica est\u00e1 na varia\u00e7\u00e3o anat\u00f4mica que o piriforme apresenta em alguns indiv\u00edduos.<\/p>\n\n\n\n Esta varia\u00e7\u00e3o se traduz ao fato de que na maioria da popula\u00e7\u00e3o, o nervo ci\u00e1tico passa imediatamente abaixo do m\u00fasculo piriforme. Todavia, em uma pequena parcela da popula\u00e7\u00e3o, aproximadamente 17%, o nervo ci\u00e1tico passa engendrado pelo musculo piriforme, aumentando substancialmente a predisposi\u00e7\u00e3o para o aparecimento da s\u00edndrome.<\/p>\n\n\n\n Somente em 1947 a s\u00edndrome do piriforme foi descrita com maiores esclarecimentos na literatura, por Robinson, nomeou a patologia de s\u00edndrome, pois relatou seis caracter\u00edsticas inerentes aos quadros cl\u00ednicos:<\/p>\n\n\n\n Como toda s\u00edndrome, uma avalia\u00e7\u00e3o cl\u00ednica correta e completa \u00e9 de grande valia para o ex\u00edmio diagnostico. Visto que a s\u00edndrome do piriforme pode ter rela\u00e7\u00e3o com diversas altera\u00e7\u00f5es. Diagn\u00f3sticos diferenciais comuns incluem:<\/p>\n\n\n\n At\u00e9 o presente momento as pesquisas n\u00e3o chegaram a um consenso no que ocasiona de fato o surgimento desta patologia. No entanto, sabe-se que na metade dos casos, h\u00e1 hist\u00f3rico de traumas na regi\u00e3o p\u00e9lvica ou gl\u00fatea envolvidos. O trauma vai gerar inflama\u00e7\u00e3o, edema e espasmo do m\u00fasculo piriforme, e, por conseguinte, a compress\u00e3o do nervo contra o \u00edsquio. <\/p>\n\n\n\n J\u00e1 as inflama\u00e7\u00f5es cr\u00f4nicas do musculo piriforme normalmente s\u00e3o consequ\u00eancias geradas de uma varia\u00e7\u00e3o anat\u00f4mica, j\u00e1 citada anteriormente.Os pacientes relatam a presen\u00e7a de uma dor profunda na regi\u00e3o gl\u00fatea que queima. Normalmente a dor pode acometer o membro inferior, e aumentar em intensidade na abdu\u00e7\u00e3o do quadril.<\/p>\n\n\n\n O diagn\u00f3stico \u00e9 feito com base na presen\u00e7a dos seis crit\u00e9rios descritos por Yeoman citados acima. Alguns exames de imagem como radiografias, tomografia computadorizada e resson\u00e2ncia magn\u00e9tica da coluna podem ser realizados para verificar a exist\u00eancia de algum tipo de les\u00e3o. Contudo, \u00e9 importante ressaltar que n\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel identificar a inflama\u00e7\u00e3o do nervo ci\u00e1tico na regi\u00e3o do m\u00fasculo piriforme por meio de exames, sendo o diagn\u00f3stico, puramente cl\u00ednico. <\/p>\n\n\n\n Abaixo, vamos ver agora as poss\u00edveis causas fisiopatol\u00f3gicas para o desenvolvimento dessa disfun\u00e7\u00e3o:<\/p>\n\n\n\n Talvez isso aconte\u00e7a porque exagerem nos exerc\u00edcios de fortalecimento de gl\u00fateos. Considerando o gl\u00fateo m\u00e1ximo sendo o principal m\u00fasculo estabilizador da pelve este racioc\u00ednio biomec\u00e2nico estaria correto n\u00e3o fosse o fato da exist\u00eancia da s\u00edndrome da amn\u00e9sia gl\u00fatea. Al\u00e9m disso, grande parte desses exerc\u00edcios s\u00e3o realizados com os isquiotibiais, logo toda vez que prescrever um exerc\u00edcio de fortalecimento para o gl\u00fateo m\u00e1ximo certifique-se que o mesmo esteja sendo ativado. Se o mesmo estiver inibido, sua aluna o far\u00e1 com os isquiotibiais. <\/p>\n\n\n\n Lembrando que os m\u00fasculos isquiotibiais trazem o il\u00edaco em posterioridade. Eles podem gerar uma disfun\u00e7\u00e3o importante, que em m\u00e9dio prazo poder\u00e1 desenvolver a s\u00edndrome do piriforme. Al\u00e9m, deste fator de importante desarranjo biomec\u00e2nico a hipertrofia da musculatura pode resultar na compress\u00e3o, e, poss\u00edvel, pin\u00e7amento do nervo ci\u00e1tico. <\/p>\n\n\n\n As varia\u00e7\u00f5es anat\u00f4micas de 17% da popula\u00e7\u00e3o em que o nervo ci\u00e1tico que passa pelo ventre muscular do piriforme, esteja mais sens\u00edvel, aos mecanismos de contra\u00e7\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n Desde quedas, chutes, estiramentos musculares, dentre outros podem desencadear a s\u00edndrome do piriforme. Alguns esportes como corredores, ciclistas e triatletas \u2013 pois esses esportes solicitam muito os m\u00fasculos isquiotibiais. <\/p>\n\n\n\n Patologias e condi\u00e7\u00f5es que causam aumento da PIA, como aumento de pr\u00f3stata, ou mioma, ir\u00e3o desalinhar os il\u00edacos, e colocar sob tens\u00e3o seus estabilizadores.<\/p>\n\n\n\n Como sempre digo: para um bom tratamento ter \u00eaxito, sempre partimos da premissa de uma boa avalia\u00e7\u00e3o. Come\u00e7aremos avaliando o posicionamento dos il\u00edacos, pois como vimos anteriormente, um il\u00edaco ou os dois em desequil\u00edbrio, gerar\u00e3o maiores tens\u00f5es sobre o m\u00fasculo piriforme. As 4 altera\u00e7\u00f5es do il\u00edaco gerar\u00e3o desequil\u00edbrio no quadril seguindo a l\u00f3gica das cadeias musculares, e, por conseguinte, dor e tens\u00e3o no m\u00fasculo piriforme, j\u00e1 que o mesmo \u00e9 um m\u00fasculo de estabiliza\u00e7\u00e3o p\u00e9lvica. Mas nenhuma interven\u00e7\u00e3o direta sobre o piriforme surtira efeito caso os il\u00edacos estejam em desalinhamento. <\/p>\n\n\n\n Caso tenhamos uma abertura il\u00edaca: relaxaremos os m\u00fasculos gl\u00fateo m\u00e9dio e assoalho p\u00e9lvico. Em casos de fechamento il\u00edaco: relaxaremos os m\u00fasculos obl\u00edquos do abd\u00f4men e adutores. Caso estejamos diante de uma anterioridade do il\u00edaco: relaxaremos os m\u00fasculos quadrados lombares e reto femoral. Caso o il\u00edaco encontre-se em posterioridade: relaxaremos os m\u00fasculos retos do abd\u00f4men e isquiotibiais. <\/p>\n\n\n\n Esse relaxamento pode ser obtido utilizando-se diversas t\u00e9cnicas:<\/p>\n\n\n\n Mas lembre-se que estamos lidando com inerva\u00e7\u00e3o, e que qualquer desconforto muscular causado por um alongamento est\u00e1tico aumenta a press\u00e3o mec\u00e2nica sobre o nervo ci\u00e1tico, e por consequ\u00eancia a dor. Portanto, libera\u00e7\u00f5es miofasciais ou trigger points somente atingir\u00e3o o objetivo da melhora da s\u00edndrome do piriforme se forem aplicadas nos m\u00fasculos corretos. <\/p>\n\n\n\n N\u00e3o devem ser aplicadas diretamente sobre o piriforme, pois tamb\u00e9m levar\u00e3o o m\u00fasculo, e, por conseguinte a inerva\u00e7\u00e3o ao sofrimento. Al\u00e9m disso, podem at\u00e9 gerar um conforto moment\u00e2neo. Contudo, o resultado ser\u00e1 um aumento do processo inflamat\u00f3rio e do espasmo muscular. Mobiliza\u00e7\u00f5es neurais e articulares tamb\u00e9m s\u00e3o bem-vindas. N\u00e3o sou muito adepta do trust, pois tamb\u00e9m n\u00e3o corrige o desarranjo biomec\u00e2nico. <\/p>\n\n\n\n A partir do alinhamento dos il\u00edacos, as vezes por si s\u00f3, se resolve, caso ainda exista resqu\u00edcio de dor na regi\u00e3o. Por isso, siga procurando pelas altera\u00e7\u00f5es mec\u00e2nicas, que ainda estar\u00e3o presentes num corpo que durante um per\u00edodo de tempo vari\u00e1vel, se compensou numa postura ant\u00e1lgica. No entanto, a melhor conduta a seguir \u00e9 sempre o caminho da preven\u00e7\u00e3o para a s\u00edndrome do piriforme \u00e9 a manuten\u00e7\u00e3o dos m\u00fasculos prim\u00e1rios do movimento de adu\u00e7\u00e3o e abdu\u00e7\u00e3o, alongados e fortalecidos. Al\u00e9m disso, devemos dispensar uma aten\u00e7\u00e3o muito especial para os gl\u00fateos, que dentro de sua fisiologia mec\u00e2nica s\u00e3o os maiores estabilizadores da pelve. E que por estudos recentes tem sido acusado como o principal vil\u00e3o das dores lombares<\/a>.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Al\u00e9m de dif\u00edcil de diagnosticar, a s\u00edndrome do Piriforme pode ser de dif\u00edcil tratamento. Entenda como trabalhar no Pilates. <\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":1688,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"site-sidebar-layout":"default","site-content-layout":"default","ast-site-content-layout":"","site-content-style":"default","site-sidebar-style":"default","ast-global-header-display":"","ast-banner-title-visibility":"","ast-main-header-display":"","ast-hfb-above-header-display":"","ast-hfb-below-header-display":"","ast-hfb-mobile-header-display":"","site-post-title":"","ast-breadcrumbs-content":"","ast-featured-img":"","footer-sml-layout":"","theme-transparent-header-meta":"default","adv-header-id-meta":"","stick-header-meta":"","header-above-stick-meta":"","header-main-stick-meta":"","header-below-stick-meta":"","astra-migrate-meta-layouts":"default","ast-page-background-enabled":"default","ast-page-background-meta":{"desktop":{"background-color":"","background-image":"","background-repeat":"repeat","background-position":"center center","background-size":"auto","background-attachment":"scroll","background-type":"","background-media":"","overlay-type":"","overlay-color":"","overlay-gradient":""},"tablet":{"background-color":"","background-image":"","background-repeat":"repeat","background-position":"center center","background-size":"auto","background-attachment":"scroll","background-type":"","background-media":"","overlay-type":"","overlay-color":"","overlay-gradient":""},"mobile":{"background-color":"","background-image":"","background-repeat":"repeat","background-position":"center center","background-size":"auto","background-attachment":"scroll","background-type":"","background-media":"","overlay-type":"","overlay-color":"","overlay-gradient":""}},"ast-content-background-meta":{"desktop":{"background-color":"var(--ast-global-color-5)","background-image":"","background-repeat":"repeat","background-position":"center center","background-size":"auto","background-attachment":"scroll","background-type":"","background-media":"","overlay-type":"","overlay-color":"","overlay-gradient":""},"tablet":{"background-color":"var(--ast-global-color-5)","background-image":"","background-repeat":"repeat","background-position":"center center","background-size":"auto","background-attachment":"scroll","background-type":"","background-media":"","overlay-type":"","overlay-color":"","overlay-gradient":""},"mobile":{"background-color":"var(--ast-global-color-5)","background-image":"","background-repeat":"repeat","background-position":"center center","background-size":"auto","background-attachment":"scroll","background-type":"","background-media":"","overlay-type":"","overlay-color":"","overlay-gradient":""}},"footnotes":""},"categories":[30],"tags":[],"yoast_head":"\nPlexo sacral<\/h3>\n\n\n\n
Topografia do nervo ci\u00e1tico e s\u00edndrome do piriforme<\/h2>\n\n\n\n
S\u00edndrome do piriforme vs. ciatalgia<\/h2>\n\n\n\n
Biomec\u00e2nica da s\u00edndrome do piriforme<\/h2>\n\n\n\n
Concluindo…<\/h4>\n\n\n\n
Il\u00edacos em disfun\u00e7\u00e3o na s\u00edndrome do piriforme<\/h2>\n\n\n\n
A s\u00edndrome do piriforme<\/h2>\n\n\n\n
Caracter\u00edsticas da s\u00edndrome do piriforme<\/h3>\n\n\n\n
Diagn\u00f3stico da s\u00edndrome do piriforme<\/h3>\n\n\n\n
Causas da S\u00edndrome do Piriforme<\/h2>\n\n\n\n
Exerc\u00edcios excessivos para o gl\u00fateo \u2013 a s\u00edndrome do piriforme tem maior preval\u00eancia nas mulheres. <\/h4>\n\n\n\n
Varia\u00e7\u00f5es anat\u00f4micas <\/h4>\n\n\n\n
Traumas na regi\u00e3o <\/h4>\n\n\n\n
Aumentos da press\u00e3o intracavit\u00e1ria (PIA) <\/h4>\n\n\n\n
Tratamento da s\u00edndrome do piriforme<\/h2>\n\n\n\n
Cadeias Musculares que cruzam pelos il\u00edacos<\/h3>\n\n\n\n
Conclus\u00e3o<\/h2>\n\n\n\n