Assim que o aluno recebe o diagn\u00f3stico de uma h\u00e9rnia ele j\u00e1 entra em desespero. Na hora que o m\u00e9dico fala sobre o assunto o paciente come\u00e7a a lembrar de todo mundo que conhece e passou pelo problema, das cirurgias. Mas quem disse que a h\u00e9rnia \u00e9 algo t\u00e3o desesperador assim? \u00c9 exatamente por isso que quero falar sobre tratamento de h\u00e9rnia de disco por aqui. <\/p>\n\n\n\n
Precisamos desconstruir diversos paradigmas sobre isso, tanto para nosso bem como profissionais quanto para o dos alunos. Entenda melhor nesse artigo o processo de forma\u00e7\u00e3o da h\u00e9rnia de disco e os paradigmas que queremos quebrar.<\/p>\n\n\n\n
A coluna vertebral \u00e9 formada por trinta e tr\u00eas v\u00e9rtebras que se articulam entre si, sendo: <\/p>\n\n\n\n
A coluna vertebral tamb\u00e9m se articula com a base do cr\u00e2nio, das costelas e dos il\u00edacos. As costelas, por sua vez se articulam com a esc\u00e1pula posteriormente e com o esterno\/ clav\u00edcula anteriormente. J\u00e1 a coluna lombar se articula com a pelve inferiormente.<\/p>\n\n\n\n
Originalmente imaginava-se que a estabilidade das v\u00e9rtebras <\/a>era dada pelos ligamentos. No entanto, ela est\u00e1 relacionada aos m\u00fasculos.<\/p>\n\n\n\n O verdadeiro papel dos ligamentos \u00e9 direcionar movimentos produzidos. Dessa forma, protegem as v\u00e9rtebras de movimentos bruscos ou for\u00e7as excessivas.<\/p>\n\n\n\n Os m\u00fasculos, sobretudo com suas f\u00e1scias, extremamente potentes, s\u00e3o os grandes respons\u00e1veis pela prote\u00e7\u00e3o do eixo raquidiano.<\/p>\n\n\n\n As v\u00e9rtebras, estruturas fixas, s\u00e3o justapostas e suas liga\u00e7\u00f5es se d\u00e3o pelas articula\u00e7\u00f5es interapofis\u00e1rias. Assim, servem como guias para os movimentos.<\/p>\n\n\n\n Entre as v\u00e9rtebras existe o disco intervertebral e juntos (articula\u00e7\u00f5es e discos) s\u00e3o as estruturas respons\u00e1veis pela mobilidade da coluna. S\u00e3o eles os grandes respons\u00e1veis pela mobilidade articular e pelas distribui\u00e7\u00f5es de for\u00e7as realizadas na coluna vertebral durante os movimentos.<\/p>\n\n\n\n Logo entendemos o porqu\u00ea essas estruturas s\u00e3o t\u00e3o agredidas em nossas colunas, al\u00e9m de detalhar melhor o disco intervertebral.<\/p>\n\n\n\n Existe uma v\u00e9rtebra padr\u00e3o, mas elas sofrem pequenas modifica\u00e7\u00f5es de acordo com o n\u00edvel da coluna em que se encontram que correspondem e as especificidades de todos os segmentos da coluna vertebral.<\/p>\n\n\n\n A coluna \u00e9 o eixo corporal e constitui um complexo importante de liga\u00e7\u00e3o entre as duas cinturas:<\/p>\n\n\n\n Durante sua fun\u00e7\u00e3o est\u00e1tica a coluna \u00e9 sim\u00e9trica e perpendicular \u00e0s duas cinturas.<\/p>\n\n\n\n Na est\u00e1tica (quando se tem for\u00e7as sem movimento) uma coluna saud\u00e1vel tem seus ligamentos e tensores musculares equilibrados e relaxados. Eles s\u00f3 funcionam para manter o equil\u00edbrio est\u00e1tico diante do movimento oscilat\u00f3rio quando estamos em p\u00e9. Contraindo-se e relaxando logo em seguida, por exemplo, o equil\u00edbrio \u00e9 reestabelecido. Mas quando os m\u00fasculos n\u00e3o conseguirem relaxar ap\u00f3s a contra\u00e7\u00e3o feita pelo reequil\u00edbrio ele adoece<\/p>\n\n\n\n Exercendo sua fun\u00e7\u00e3o cin\u00e9tica, qualquer movimento ocorrido entre as duas cinturas gerar\u00e1 uma regula\u00e7\u00e3o autom\u00e1tica de t\u00f4nus dos estabilizadores do tronco. Um complexo sistema de compensa\u00e7\u00e3o postural acontece gerando deslocamentos gravitacionais importantes. Assim surge qualquer encurtamento, fraqueza muscular ou altera\u00e7\u00f5es posturais significativas.<\/p>\n\n\n\n A coluna vertebral sofre constantemente um dilema contradit\u00f3rio. Ela precisa ser r\u00edgida o suficiente para ter um eficiente suporte da compress\u00e3o axial (exercida pela for\u00e7a gravitacional somada a for\u00e7a de peso normal) sem perder a mobilidade para produzir movimentos de forma organizada.<\/p>\n\n\n\n Para que isso ocorra a coluna tem que manter equilibrada suas tr\u00eas fun\u00e7\u00f5es:<\/p>\n\n\n\n Nosso corpo precisa de uma manuten\u00e7\u00e3o equilibrada da postura est\u00e1tica e controle din\u00e2mico adequado. Caso contr\u00e1rio ter\u00e1 dificuldade para responder de maneira eficiente \u00e0s demandas impostas.<\/p>\n\n\n\n Conceitualmente, estabilidade pode ser definida como a habilidade da articula\u00e7\u00e3o retornar ao eu estado original, ap\u00f3s sofrer uma perturba\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n Um estudo feito por Panjabi veio de encontro com as ideias abordadas nesse artigo. Dessa forma, ele mostra que a coluna vertebral \u00e9 formada por tr\u00eas subsistemas:<\/p>\n\n\n\n O subsistema passivo \u00e9 composto pelas estruturas \u00f3sseas, articulares e ligamentares. Ele contribui para o controle pr\u00f3ximo ao final da amplitude articular, desenvolvendo for\u00e7as reativas que resistem ao movimento. Contudo, ele n\u00e3o oferece suporte estabilizador significativo em torno da posi\u00e7\u00e3o neutra da articula\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n J\u00e1 o subsistema ativo \u00e9 formado pelas estruturas musculares ao desempenharem suas fun\u00e7\u00f5es contr\u00e1teis. Ele atua na obten\u00e7\u00e3o mec\u00e2nica da estabilidade, mesmo na posi\u00e7\u00e3o neutral. \u00c9 capaz de modular sua resist\u00eancia ao longo de toda amplitude de movimento.<\/p>\n\n\n\n Por fim, temos o subsistema neural., que monitora e regula continuamente as for\u00e7as ao redor da articula\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n Em torno da posi\u00e7\u00e3o articular neutra encontra-se uma regi\u00e3o de elevada frouxid\u00e3o ou baixa rigidez<\/a>. Isso acontece por causa do comportamento n\u00e3o linear das estruturas ligamentares nessa posi\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n A zona neutra permite que os deslocamentos ocorram com o m\u00ednimo de resist\u00eancia interna das estruturas passivas.<\/p>\n\n\n\n Les\u00f5es nos subsistemas passivo e\/ou ativo levam a aumentos n\u00e3o fisiol\u00f3gicos na amplitude da zona neutral. A atividade muscular consegue minimizar essas zonas e at\u00e9 restaurar limites fisiol\u00f3gicos causados pela les\u00e3o ou degenera\u00e7\u00e3o das estruturas passivas.<\/p>\n\n\n\n Esse \u00e9 o papel fundamental na busca por estabilidade. Portanto, para prevenir disfun\u00e7\u00f5es musculoesquel\u00e9ticas na coluna, precisamos compreender os mecanismos fisiopatol\u00f3gicos que levam ao seu desenvolvimento.<\/p>\n\n\n\n Por isso buscamos entender as instabilidades articulares vistas como fator de risco para desenvolver les\u00f5es teciduais, processos degenerativos e \u00e1lgicos.<\/p>\n\n\n\n Entre as v\u00e9rtebras existe uma altern\u00e2ncia entre cifoses (ligadas \u00e0 prote\u00e7\u00e3o) e lordoses (ligadas \u00e0 mobilidade). Por isso, entendemos o porqu\u00ea das frentes das lordoses sempre possu\u00edrem m\u00fasculos longos e potentes, como \u00e9 o caso dos flexores do pesco\u00e7o e do reto abdominal.<\/p>\n\n\n\n Enquanto que a frente das cifoses possu\u00edmos m\u00fasculos chatos e profundos, como exemplo o Serr\u00e1til Anterior, que \u00e9 ligado a fun\u00e7\u00e3o de manuten\u00e7\u00e3o postural. Logo as cifoses com sua pouca mobilidade se tornam pontos fixos para os movimentos realizados pelas cadeias musculares lord\u00f3ticas.<\/p>\n\n\n\n Num plano sagital observamos:<\/p>\n\n\n\n A presen\u00e7a dessas curvaturas aumenta de forma consider\u00e1vel a capacidade de resist\u00eancia \u00e0s press\u00f5es axiais sofridas pelo eixo raquidiano a partir do momento que estamos expostos a for\u00e7a gravitacional (descendente) e a for\u00e7a solo (ascendente). Quanto mais retificada uma coluna, mais prec\u00e1rio ser\u00e1 o equil\u00edbrio desse indiv\u00edduo.<\/p>\n\n\n\n Quanto mais retificadas (retil\u00edneas) forem as curvaturas da coluna definiremos como uma coluna do tipo funcional est\u00e1tico. J\u00e1 curvaturas vertebrais maiores indicam uma coluna do tipo funcional din\u00e2mico.<\/p>\n\n\n\n Quanto maior for a acentua\u00e7\u00e3o das curvas, mais mobilidade ter\u00e1 essa coluna. Ao mesmo tempo, curvaturas menos acentuadas indicam maior rigidez.<\/p>\n\n\n\n Em um rec\u00e9m-nascido encontraremos somente uma curvatura corporal, que existe para adequar-se ao \u00fatero materno. Ap\u00f3s o nascimento ele \u00e9 submetido a a\u00e7\u00e3o da for\u00e7a gravitacional, o que o obriga a realizar uma invers\u00e3o de partes dessa curva. Conforme seus reflexos inatos v\u00e3o sendo sobrepostos pelo controle de movimento essas curvaturas come\u00e7am a se formar.<\/p>\n\n\n\n A primeira \u00e9 a lordose cervical. Portanto, nada mais l\u00f3gico que o segmento cervical ser o primeiro que o beb\u00ea \u00e9 capaz de controlar. O desenvolvimento neuro-psico-motor \u00e9 c\u00e9falo-caudal e pr\u00f3ximo-distal. Conforme se movimenta, o rec\u00e9m-nascido inverte a lordose para uma curvatura chama de primeira curva secund\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n A segunda curva secund\u00e1ria \u00e9 formada quando a crian\u00e7a passa da posi\u00e7\u00e3o de quadr\u00fapede para b\u00edpede. Essa \u00e9 a lordose lombar.<\/p>\n\n\n\n O mesmo mecanismo de invers\u00e3o das curvaturas vertebrais ocorreu durante a filog\u00eanese, quando assumimos a postura b\u00edpede. Quando o ser humano assumiu a bipedesta\u00e7\u00e3o, houve uma retifica\u00e7\u00e3o da coluna lombar seguida de uma invers\u00e3o da curvatura (lordose lombar).<\/p>\n\n\n\n Isso ocorreu para que houvesse uma extens\u00e3o do tronco, gerando a manuten\u00e7\u00e3o da horizontalidade do olhar e dos ouvidos internos (para que o labirinto ligado \u00e0 orienta\u00e7\u00e3o espacial realizasse seu importante papel junto ao equil\u00edbrio).<\/p>\n\n\n\n Essa mudan\u00e7a na curvatura lombar provocou toda uma nova distribui\u00e7\u00e3o da for\u00e7a gravitacional. Esse papel foi assumido pela pelve, que de acordo com sua retrovers\u00e3o ou ante vers\u00e3o, anterioriza ou posterioriza o Centro Gravitacional do ser humano, permitindo assim a eretabilidade.<\/p>\n\n\n\n Os movimentos articulares em cada segmento vertebral s\u00e3o bastante limitados. No entanto, a coluna consegue sua ampla mobilidade com a somat\u00f3ria da pequena mobilidade de cada um desses segmentos.<\/p>\n\n\n\n Na flex\u00e3o, a v\u00e9rtebra subjacente se inclina anteriormente, diminuindo assim, o espa\u00e7o articular na parte anterior do espa\u00e7o articular, tendendo a pin\u00e7ar o anel fibroso e empurrando o n\u00facleo pulposo posteriormente. Os processos articulares e espinhosos se afastam e todo sistema ligamentar posterior se encontra tenso. J\u00e1 durante a extens\u00e3o, a mec\u00e2nica ocorrida \u00e9 exatamente oposta.<\/p>\n\n\n\n Nas inclina\u00e7\u00f5es laterais, a v\u00e9rtebra superior bascula lateralmente sobre a v\u00e9rtebra inferior. Assim acontece h\u00e1 diminui\u00e7\u00e3o do espa\u00e7o do lado c\u00f4ncavo e o n\u00facleo pulposo se desloca para o lado convexo. Al\u00e9m disso, acontece um aumento dos espa\u00e7os articulares e tensionamento dos ligamentos.<\/p>\n\n\n\n As rota\u00e7\u00f5es geram uma tor\u00e7\u00e3o sobre o disco que produzem uma tens\u00e3o (for\u00e7a de cisalhamento) das fibras com a diminui\u00e7\u00e3o de todo espa\u00e7o articular e tens\u00e3o no sistema ligamentar. Por isso, rota\u00e7\u00f5es s\u00e3o mais suscept\u00edveis a les\u00f5es caso o movimento n\u00e3o esteja em boa organiza\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n \u00c9 importante ressaltarmos que, segundo Leopold Busquet (2010) apenas 5% das h\u00e9rnias s\u00e3o verdadeiras, e essas s\u00e3o cir\u00fargicas.<\/p>\n\n\n\n Consideremos a segunda Lei de Pascal. Ela diz que uma for\u00e7a empregada em um sistema hermeticamente fechado, no caso dado pelo anel fibroso, gerar\u00e1 uma for\u00e7a e press\u00e3o distribu\u00edda de forma coesa. Portanto, o n\u00facleo pulposo \u00e9 deslocado para um determinado lado dependendo do movimento. Mas aquela vis\u00e3o antiga que t\u00ednhamos de que a press\u00e3o tamb\u00e9m estar\u00e1 aumentada daquele lado \u00e9 err\u00f4nea.<\/p>\n\n\n\n Toda essa mec\u00e2nica estrutural s\u00f3 ter\u00e1 efic\u00e1cia se a musculatura funcionar de forma coesa, funcional e estruturada. Caso contr\u00e1rio, nosso organismo \u00e9 inteligente o suficiente para gerar mecanismos compensat\u00f3rios importantes que a princ\u00edpio s\u00f3 funcionar\u00e3o para a produ\u00e7\u00e3o do movimento. As compensa\u00e7\u00f5es acontecem mesmo que produzam uma carga excessiva sobre determinada estrutura ou algum enfraquecimento ou encurtamento de m\u00fasculos.<\/p>\n\n\n\n Ao longo prazo esse mecanismo, aparentemente efetivo, gerar\u00e1 as mais diversificadas les\u00f5es. Caso o ajuste mec\u00e2nico n\u00e3o seja realizado, ser\u00e3o estruturas que em m\u00e9dio prazo j\u00e1 apresentar\u00e3o algum n\u00edvel de desgaste articular.<\/p>\n\n\n\n O que seria a Lei de Pascal que citei anteriormente?<\/p>\n\n\n\n Foi comprovado pelo f\u00edsico e matem\u00e1tico franc\u00eas Blaise Pascal (1623-1662), que a altera\u00e7\u00e3o de press\u00e3o produzida em um flu\u00eddo, em equil\u00edbrio, transmite-se integralmente a todos os pontos do l\u00edquido e as paredes do recipiente.<\/p>\n\n\n\n \u00c9 claro que quando aplicamos esse princ\u00edpio ao corpo humano, devemos observar alguns fatores. J\u00e1 que o princ\u00edpio s\u00f3 funcionar\u00e1 se algumas propriedades estiverem sadias. Abaixo segue um exemplo da Lei aplicada \u00e0 Coluna Vertebral.<\/p>\n\n\n\n O conjunto, desses quatro princ\u00edpios funcionando em plenitude, nos dar\u00e3o uma coluna mais sadia para trabalharmos. Dessa forma, diminu\u00edmos os riscos de causarmos com algum movimento uma h\u00e9rnia.<\/p>\n\n\n\n Pascal provou que o movimento produzido entre as v\u00e9rtebras (atrav\u00e9s de seu estudo em recipientes hermeticamente fechados, como uma bexiga) gerar\u00e1 um aumento de for\u00e7a e press\u00e3o, mas estar\u00e1 distribu\u00edda de forma coesa.<\/p>\n\n\n\n Assim, o n\u00facleo pulposo \u00e9 deslocado para um determinado lado dependendo do movimento. Mas a press\u00e3o n\u00e3o ficar\u00e1 aumentada naquele lado. A press\u00e3o no n\u00facleo pulposo se altera durante os movimentos, mas essa press\u00e3o est\u00e1 distribu\u00edda por todo o conjunto.<\/p>\n\n\n\n H\u00e9rnia de disco \u00e9 a proje\u00e7\u00e3o da parte central do disco intervertebral (o n\u00facleo pulposo) para al\u00e9m de seus limites normais (a parte externa do disco, o anel fibroso).<\/p>\n\n\n\n O disco intervertebral \u00e9 uma placa cartilaginosa que forma um amortecedor entre os corpos vertebrais. A cartilagem sofre danos ap\u00f3s traumatismos, como por exemplo:<\/p>\n\n\n\n A les\u00e3o comprime ra\u00edzes nervosas, gerando perda da sensibilidade (parestesia ou anestesia) na altura correspondente ao derm\u00e1tomo. Tamb\u00e9m encontramos perda ou falta total de for\u00e7a muscular com altera\u00e7\u00e3o, inclusive, do trofismo muscular correspondente \u00e0 altura da hernia\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n Se os sintomas n\u00e3o corresponderem fidedignamente a descri\u00e7\u00e3o acima, essas h\u00e9rnias s\u00e3o o que chamamos de falsas h\u00e9rnias de disco. Segundo Leopold Busquet 95% das h\u00e9rnias diagnosticadas diariamente nos consult\u00f3rios m\u00e9dicos s\u00e3o falsas, pois n\u00e3o apresentam esse quadro completo. Somente 5%, as mais graves, geram os sinais para diagnosticarmos uma verdadeira h\u00e9rnia discal, sendo estas cir\u00fargicas.<\/p>\n\n\n\n O principal sintoma de uma h\u00e9rnia de disco \u00e9 a intensa dor no local onde ela se encontra, mas ela tamb\u00e9m pode gerar os seguintes sintomas:<\/p>\n\n\n\n A dor de uma h\u00e9rnia discal, pode ser agravada pela tosse, pelo riso e pode piorar durante a evacua\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n Nas curvaturas cif\u00f3ticas as h\u00e9rnias s\u00e3o muito mais raras, pois como vimos s\u00e3o a\u00e9reas de menor mobilidade. Mas colunas muito retificadas podem sofrer com h\u00e9rnias de disco tor\u00e1cicas.<\/p>\n\n\n\n Quanto mais estudo o movimento, mais percebo que a falta de movimento est\u00e1 entre as principais causas da h\u00e9rnia de disco.<\/p>\n\n\n\n Sim, voc\u00ea leu muito bem. A falta de movimento que temos nessa vida moderna f\u00e1cil acaba com os padr\u00f5es normais de movimento, portanto chega a causar uma h\u00e9rnia.<\/p>\n\n\n\n Essa falta de movimento gera:<\/p>\n\n\n\n O primeiro sinal que o corpo manda \u00e9 um epis\u00f3dio de dor lombar. Dessa forma, o epis\u00f3dio ocorre aproximadamente 10 anos antes da falsa h\u00e9rnia aparecer.\u00a0 \u00c9 como se o corpo estivesse te dizendo:<\/p>\n\n\n\n Quando o pedido de socorro \u00e9 ouvido e a corre\u00e7\u00e3o \u00e9 executada corretamente os sintomas desaparecer\u00e3o. No entanto, normalmente o que se segue \u00e9 a automedica\u00e7\u00e3o com um relaxante muscular ou analg\u00e9sico.<\/p>\n\n\n\n A altera\u00e7\u00e3o mec\u00e2nica continua a pressionar os discos, sem descanso. Mesmo durante a noite, quando o estado de hidrofilia deveria repor a \u00e1gua perdida pelos discos durante o dia as cadeias musculares n\u00e3o se relaxam.<\/p>\n\n\n\n Mais ou menos 10 anos ap\u00f3s esse epis\u00f3dio o disco n\u00e3o resiste e sucumbe formando a h\u00e9rnia. Some a esse fator colunas que foram projetadas para o movimento, mas que se tornaram r\u00edgidas e desequilibradas. Lembram-se do in\u00edcio do texto? E como realizamos o tratamento de h\u00e9rnia de disco?<\/p>\n\n\n\n Devolvendo a mobilidade perdida.<\/p>\n\n\n\n Logo percam o medo de mobilizarem seus alunos herniados. Eles temer\u00e3o, claro, j\u00e1 que o pr\u00f3prio m\u00e9dico solicitou que ele ficasse im\u00f3vel ap\u00f3s o diagn\u00f3stico.<\/p>\n\n\n\n Mas \u00e9 nosso papel orient\u00e1-los e mobilizar-se quebrando mais esse paradigma onde a biomec\u00e2nica n\u00e3o se encaixa ou consegue compreender.<\/p>\n\n\n\nV\u00e9rtebras<\/strong><\/h3>\n\n\n\n
Dilma do tratamento de h\u00e9rnia de disco<\/h2>\n\n\n\n
Subsistemas da coluna vertebral<\/strong><\/h2>\n\n\n\n
Subsistema passivo<\/h3>\n\n\n\n
Subsistema ativo<\/h4>\n\n\n\n
Subsistema neural<\/h4>\n\n\n\n
Lordoses e cifoses da coluna<\/strong> relacionadas ao tratamento da h\u00e9rnia de disco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n
Classifica\u00e7\u00e3o da coluna quanto as curvaturas vertebrais<\/strong><\/h2>\n\n\n\n
As curvaturas secund\u00e1rias s\u00e3o mais flex\u00edveis e fr\u00e1geis.<\/h4>\n\n\n\n
Biomec\u00e2nica dos movimentos da coluna vertebral<\/strong><\/h2>\n\n\n\n
Flex\u00e3o da coluna<\/h4>\n\n\n\n
Inclina\u00e7\u00e3o lateral da coluna<\/h4>\n\n\n\n
Rota\u00e7\u00e3o da coluna<\/h4>\n\n\n\n
Princ\u00edpio de Pascal<\/strong> no tratamento de h\u00e9rnia de disco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n
Tratamento de h\u00e9rnia de disco: fundamentos<\/strong><\/h2>\n\n\n\n
Tipos de h\u00e9rnia de disco<\/strong><\/h3>\n\n\n\n
Falsas h\u00e9rnias de disco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n
Sintomas de falsas h\u00e9rnias de disco<\/strong><\/h3>\n\n\n\n
Causas<\/strong><\/h2>\n\n\n\n
Socorro! Me ajude, me movimente, se exercite, corrija essa disfun\u00e7\u00e3o mec\u00e2nica, por favor!<\/em><\/h4>\n\n\n\n
Core e tratamento de h\u00e9rnia de disco<\/strong><\/h2>\n\n\n\n