As mulheres ficam especialmente incomodadas com um problema que deixe sua \u201cbarriguinha\u201d maior. A di\u00e1stase est\u00e1 entre esses problemas e afeta, em sua maioria, mulheres no p\u00f3s-parto, mas mulheres n\u00e3o gr\u00e1vidas e at\u00e9 homens podem sofrer com elas.<\/p>\n\n\n\n
Afinal de contas, essas pessoas chegam no Studio de Pilates procurando uma solu\u00e7\u00e3o tanto est\u00e9tica quanto para sua sa\u00fade. A di\u00e1stase pode afetar at\u00e9 a autoestima feminina, portanto \u00e9 importante saber trata-las.<\/p>\n\n\n\n
E nada melhor para oferecer um tratamento eficiente que o conhecimento. Separei aqui nesse artigo algumas informa\u00e7\u00f5es sobre a di\u00e1stase e motivos de seu surgimento.<\/p>\n\n\n\n
Voc\u00ea tamb\u00e9m entender\u00e1 como a gin\u00e1stica hipopressiva pode auxiliar no tratamento.<\/p>\n\n\n\n
Quer saber de tudo isso? Continue lendo!<\/p>\n\n\n\n
O reto abdominal fica \u00e0 frente do tronco e comp\u00f5e a camada muscular superficial dos m\u00fasculos abdominais. Suas fibras s\u00e3o predominantemente vermelhas, mas entrecortadas por \u00e1reas n\u00e3o contr\u00e1teis de f\u00e1scia.<\/p>\n\n\n\n
Esses m\u00fasculos est\u00e3o recobertos pela bainha do reto do abd\u00f4men, cuja fun\u00e7\u00e3o \u00e9 manter os m\u00fasculos em sua posi\u00e7\u00e3o. Dessa maneira, \u00e9 formada pelas aponeuroses do:<\/p>\n\n\n\n
O reto do abd\u00f4men \u00e9 longo e aplanado, recobre toda a face anterior do abdome. Ele \u00e9 intercedido por faixas fibrotendinosas chamadas interse\u00e7\u00f5es tend\u00edneas, mas n\u00fameros dessas interse\u00e7\u00f5es variam de pessoa para pessoa.<\/p>\n\n\n\n
Os retos do abd\u00f4men s\u00e3o os respons\u00e1veis pelo enrolamento da unidade tronco. Portanto, realizam a eleva\u00e7\u00e3o do p\u00fabis em dire\u00e7\u00e3o ao umbigo e abaixam o esterno em dire\u00e7\u00e3o ao umbigo.<\/p>\n\n\n\n
Assim, nos parece ser uma zona de converg\u00eancias de for\u00e7as importantes. Portanto, esse enrolamento indiretamente mobiliza a coluna vertebral de forma retificadora em sua regi\u00e3o tor\u00e1cica baixa e lombar.<\/p>\n\n\n\n
Por fazer parte da Cadeia muscular de Flex\u00e3o do Tronco, esses grandes m\u00fasculos s\u00e3o respons\u00e1veis pelos rolamentos realizados no Pilates. Dessa forma, tais movimentos envolvem a contra\u00e7\u00e3o dos retos do abd\u00f4men.<\/p>\n\n\n\n
Os excessos de tens\u00e3o nos retos do abd\u00f4men podem ser um importante m\u00fasculo inibit\u00f3rio do movimento de extens\u00e3o do tronco. A principal causa disso costuma ser a falta de flexibilidade.<\/p>\n\n\n\n
N\u00e3o raramente, h\u00e1 necessidade de flexibiliza\u00e7\u00e3o desse m\u00fasculo. Dessa forma, a falta de flexibilidade acontece por influ\u00eancias viscerais centr\u00edpetas que nos puxam para o enrolamento. Outra op\u00e7\u00e3o s\u00e3o nossos atuais h\u00e1bitos de vida:<\/p>\n\n\n\n
O que precisamos saber \u00e9 que s\u00e3o os retos abdominais que ao contrair-se empurram as v\u00edsceras abdominais para dentro. Portanto, sendo respons\u00e1veis por aumentar a press\u00e3o intracavit\u00e1ria.<\/p>\n\n\n\n
S\u00e3o os m\u00fasculos nas laterais do tronco que se op\u00f5e ao longil\u00edneo reto do abd\u00f4men s\u00e3o chamados de m\u00fasculos largos. S\u00e3o tr\u00eas deles dispostos em camadas:<\/p>\n\n\n\n
\u00c9 o muculo mais profundo dentre todos os m\u00fasculos largos e tem sua origem na:<\/p>\n\n\n\n
Sua inser\u00e7\u00e3o fica nas bordas inferiores das \u00faltimas 3 costelas e linha alba estendendo-se inferiormente sobre o ligamento inguinal acompanhando a prega inguinal.<\/p>\n\n\n\n
Como vimos na figura, ele \u00e9 cortado pela frente pela potente linha alba e por tr\u00e1s pela f\u00e1scia t\u00f3raco-lombar. Dessa forma, acredito em sua interdepend\u00eancia. O peri\u00f3dico JOSPT j\u00e1 fala sobre essa interdepend\u00eancia h\u00e1 cerca de 10 anos.<\/p>\n\n\n\n
Acredito ainda na exist\u00eancia de dois m\u00fasculos transversos que seriam: Transverso direito e Transverso esquerdo.<\/p>\n\n\n\n
Portanto, discordo do comando de levar o umbigo para a coluna. Isso s\u00f3 seria capaz com a colabora\u00e7\u00e3o dos retos abdominais, j\u00e1 que o Transverso n\u00e3o realiza esse movimento.<\/p>\n\n\n\n
N\u00e3o h\u00e1 fibras musculares do Transverso \u00e0 frente do umbigo, temos somente todo tecido aponeur\u00f3tico da linha alba n\u00e3o contr\u00e1til. Al\u00e9m disso, h\u00e1 um engano sobre a contra\u00e7\u00e3o do Transverso.<\/p>\n\n\n\n
Analisemos agora uma contra\u00e7\u00e3o conc\u00eantrica destes m\u00fasculos.<\/p>\n\n\n\n
O Transverso tamb\u00e9m n\u00e3o atua na pelve por sua disposi\u00e7\u00e3o de fibras horizontais.<\/p>\n\n\n\n
O Transverso \u00e9 dos m\u00fasculos do abd\u00f4men que menos atua sobre o esqueleto, mas tem a a\u00e7\u00e3o relacionada \u00e0s quest\u00f5es viscerais:<\/p>\n\n\n\n
Esse m\u00fasculo tem uma atua\u00e7\u00e3o importante sobre as v\u00edsceras. Ao se contrair ele diminui o di\u00e2metro da cintura, podendo aumentar consideravelmente a press\u00e3o intra-abdominal. Somada a esse aumento de press\u00e3o, a a\u00e7\u00e3o gravitacional acaba por empurrar as v\u00edsceras para baixo.<\/p>\n\n\n\n
As linhas inferiores do Transverso ao se contrair refor\u00e7am a borda do ligamento inguinal, tamb\u00e9m conhecido como ligamento de Poupart. Essa \u00e9 a parte inferior e tend\u00ednea da aponeurose do m\u00fasculo obl\u00edquo externo do abd\u00f4men.<\/p>\n\n\n\n
Esse ligamento se estende da espinha il\u00edaca \u00e2ntero-superior at\u00e9 o tub\u00e9rculo p\u00fabico. Sua margem livre, ou ter\u00e7o medial, denominada arco inguinal superficial<\/strong>, refor\u00e7a a conten\u00e7\u00e3o da parte inferior do abd\u00f4men. Dessa forma, ajuda na conten\u00e7\u00e3o visceral.<\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso ele traz sua contra\u00e7\u00e3o para a crista il\u00edaca de forma ascendente. Assim forma uma cintura fininha realizada pelas fibras m\u00e9dias do Transverso que s\u00e3o horizontais.<\/p>\n\n\n\n Suas fibras inferiores s\u00e3o respons\u00e1veis pela prote\u00e7\u00e3o dos \u00f3rg\u00e3os da pelve menor das diferen\u00e7as press\u00f3ricas ocorridas a todo momento. Quando contra\u00eddas tamb\u00e9m alargam as cristas il\u00edacas, o famoso comando do sorriso<\/a> dado por Lolita de San Miguel.<\/p>\n\n\n\n Suas fibras superiores t\u00eam um direcionamento dado para baixo e para fora sendo respons\u00e1veis pelo sutil fechamento das costelas. Por terem um ventre e um comprimento muscular pequeno essas fibras n\u00e3o conseguem realizar um grande fechamento das costelas.<\/p>\n\n\n\n Levando todos os autores e pesquisas atuais tenho uma sugest\u00e3o quanto ao novo comando a ser dado. Al\u00e9m disso, pesquisas mec\u00e2nicas recentes indicam que a forma\u00e7\u00e3o de uma cintura fininha \u00e9 o melhor comando.<\/p>\n\n\n\n Isso deve ser feito sem empurrarmos as v\u00edsceras para baixo, esquecendo a contra\u00e7\u00e3o do assoalho p\u00e9lvico<\/a>. Veremos que a contra\u00e7\u00e3o dos m\u00fasculos do abd\u00f4men somada a for\u00e7a gravitacional empurraram as v\u00edsceras para baixo fadigando os m\u00fasculos perineais.<\/p>\n\n\n\n Quero aqui fazer um adendo para que entendam o porqu\u00ea da n\u00e3o solicita\u00e7\u00e3o dos m\u00fasculos perineais. Alguns autores identificaram um aumento da atividade eletroneuromiogr\u00e1fica dos m\u00fasculos abdominais durante a contra\u00e7\u00e3o do assoalho p\u00e9lvico. A contra\u00e7\u00e3o ocorreu sem qualquer contra\u00e7\u00e3o da musculatura abdominal.<\/p>\n\n\n\n Existe entre eles uma a\u00e7\u00e3o de sincronia, isto \u00e9, a contra\u00e7\u00e3o do m\u00fasculo abdominal leva a uma contra\u00e7\u00e3o rec\u00edproca do m\u00fasculo pubococcigeo. Isso estabiliza e mant\u00e9m o colo vesical na posi\u00e7\u00e3o retropubica, facilitando a igualdade das press\u00f5es transmitidas da cavidade abdominal ao colo vesical e uretra proximal. Essas a\u00e7\u00f5es mant\u00e9m a contin\u00eancia urin\u00e1ria<\/a>.<\/p>\n\n\n\n A atividade sin\u00e9rgica entre os M\u00fasculos do Assoalho P\u00e9lvico e os abdominais possibilita o desenvolvimento de uma press\u00e3o de fechamento adequada e importante para manter:<\/p>\n\n\n\n Alguns estudos demonstram que, durante a contra\u00e7\u00e3o volunt\u00e1ria dos M\u00fasculos do Assoalho P\u00e9lvico, ocorre uma co-ativa\u00e7\u00e3o dos m\u00fasculos transversos abdominais, obl\u00edquo interno, obl\u00edquo externo e reto abdominal. Portanto, a press\u00e3o esfincteriana aumenta com essa ativa\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n Um estudo realizado a respeito da sinergia abd\u00f4mino p\u00e9lvica diz que aumentos repentinos na press\u00e3o intra-abdominal, levam a uma r\u00e1pida atividade reflexa dos m\u00fasculos do assoalho p\u00e9lvico, (reflexo guardi\u00e3o).<\/p>\n\n\n\n Deve-se considerar, no entanto, que “o aumento repentino da press\u00e3o intra-abdominal\u201d, se causada por uma manobra intr\u00ednseca (tosse, por exemplo) incluem a ativa\u00e7\u00e3o via retroalimenta\u00e7\u00e3o da musculatura do assoalho p\u00e9lvico como parte de um complexo padr\u00e3o de ativa\u00e7\u00e3o muscular.<\/p>\n\n\n\n Acredita-se que a tosse e o espirro s\u00e3o gerados por um padr\u00e3o individual dentro do tronco cerebral. Assim, a ativa\u00e7\u00e3o dos M\u00fasculos do Assoalho P\u00e9lvico \u00e9 uma co-ativa\u00e7\u00e3o pr\u00e9via, e n\u00e3o primariamente uma rea\u00e7\u00e3o “reflexa” ao aumento da press\u00e3o intra-abdominal.<\/p>\n\n\n\n Por\u00e9m, al\u00e9m disso, pode haver uma resposta reflexa adicional dos M\u00fasculos do Assoalho P\u00e9lvico em rela\u00e7\u00e3o ao aumento da press\u00e3o abdominal devido \u00e0 distens\u00e3o dos fusos musculares dentro dessa musculatura.<\/p>\n\n\n\n Outros autores tamb\u00e9m afirmaram que o aumento da press\u00e3o de fechamento da uretra e do \u00e2nus ocorre imediatamente antes do aumento da press\u00e3o intra-abdominal. Nos eventos de tossir e espirrar, o diafragma, os m\u00fasculos abdominais e o assoalho p\u00e9lvico s\u00e3o ativados de forma pr\u00e9-programada pelo sistema nervoso central.<\/p>\n\n\n\n Este fato parece sugerir que a ativa\u00e7\u00e3o dos m\u00fasculos do per\u00edneo n\u00e3o acontecem em resposta ao aumento da press\u00e3o intra-abdominal, sendo antes produzida por mecanismos nervosos centrais que podem ser eventualmente regulados pela vontade.<\/p>\n\n\n\n Algumas investiga\u00e7\u00f5es demonstram que o aumento da PIA<\/a> precede a contra\u00e7\u00e3o autom\u00e1tica do Assoalho P\u00e9lvico. Al\u00e9m disso, a contra\u00e7\u00e3o pr\u00e9via desses m\u00fasculos antes do aumento intra-abdominal indica que esta resposta \u00e9 pr\u00e9-programada.<\/p>\n\n\n\n A atividade antecipada n\u00e3o pode ser de uma resposta reflexa a uma entrada aferente, resultante de um aumento da press\u00e3o abdominal. Aumento da press\u00e3o intra-abdominal \u00e9 tudo que n\u00e3o queremos durante nossa pratica de Pilates, visto que a press\u00e3o intra-abdominal nos parece ser a grande vila das dores lombares, nesse texto abordo somente as for\u00e7as internas. \u00c9 claro que existem outros mecanismos fisiopatol\u00f3gicos para <\/a>dor lombar<\/a> cr\u00f4nica.<\/p>\n\n\n\n O obl\u00edquo interno pertence a camada intermediaria dos m\u00fasculos largos e s\u00e3o dois: direito e esquerdo.<\/p>\n\n\n\n Tem sua origem na:<\/p>\n\n\n\n Sua inser\u00e7\u00e3o \u00e9 nas Bordas inferiores das \u00faltimas 3 costelas e linha alba. Sua a\u00e7\u00e3o inclui fletir e rodar o tronco para o mesmo lado. Ele tamb\u00e9m auxilia na expira\u00e7\u00e3o for\u00e7ada.<\/p>\n\n\n\n Seu direcionamento de fibras vermelhas circundam a cintura, numa dire\u00e7\u00e3o para cima e de tr\u00e1s para a frente da pelve at\u00e9 as costelas. Al\u00e9m disso, sua a\u00e7\u00e3o mais potente est\u00e1 exatamente acima do umbigo e ao se contrair comprimira as v\u00edsceras.<\/p>\n\n\n\n Por fim, tamb\u00e9m refor\u00e7a a borda do ligamento inguinal contribuindo para a conten\u00e7\u00e3o inferior do abd\u00f4men.<\/p>\n\n\n\n \u00c9 um m\u00fasculo amplo, plano e quadrangular. Mais extenso em sua parte ventral que na parte dorsal.<\/p>\n\n\n\n Recobre a face lateral do abdome com sua por\u00e7\u00e3o muscular e a face anterior com sua por\u00e7\u00e3o aponeur\u00f3tica. Tem a sua origem: da 5\u00b0 a 12\u00b0 costelas (bordas inferiores). Sua inser\u00e7\u00e3o est\u00e1 na: crista il\u00edaca, ligamento inguinal e l\u00e2mina anterior da bainha do reto abdominal. Suas aponeuroses se unem a linha alba.<\/p>\n\n\n\n Em sua a\u00e7\u00e3o: comprime o abdome, flete e roda o tronco para o lado oposto; auxiliando tamb\u00e9m na expira\u00e7\u00e3o for\u00e7ada. Al\u00e9m disso, os obl\u00edquos externos s\u00e3o capazes de direcionar as v\u00edsceras de cima para baixo pelo seu direcionamento de fibras.<\/p>\n\n\n\n S\u00e3o eles os respons\u00e1veis em sua contra\u00e7\u00e3o sim\u00e9trica pela di\u00e1stase pois tracionam a linha alba em sentidos opostos. A contra\u00e7\u00e3o do Transverso traciona a linha alba num direcionamento horizontal, por sua disposi\u00e7\u00e3o de fibras.<\/p>\n\n\n\n O obl\u00edquo externo afasta a linha alba obliquamente em sua regi\u00e3o superior para baixo. Portanto, o obliquo interno atua na regi\u00e3o infra umbilical tracionando a linha alba num direcionamento cef\u00e1lico.<\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, precisamos lembrar que os retos do abd\u00f4men n\u00e3o realizam a separa\u00e7\u00e3o da linha alba por serem paralelos a ela.<\/p>\n\n\n\n Todos os m\u00fasculos largos s\u00e3o envolvidos por aponeuroses, ao todo seis aponeuroses, tr\u00eas para cada um. Elas saem unidas sendo em seguida redistribu\u00eddas para envolver o reto do abd\u00f4men se unindo novamente na linha alba. Essa distribui\u00e7\u00e3o \u00e9 bem complexa.<\/p>\n\n\n\n Nos dois ter\u00e7os superiores do abd\u00f4men as aponeuroses que passam a frente do reto s\u00e3o:<\/p>\n\n\n\n E as aponeuroses que passam posteriormente ao reto o abd\u00f4men s\u00e3o:<\/p>\n\n\n\n J\u00e1 no ter\u00e7o inferior do abd\u00f4men todas as aponeuroses dos m\u00fasculos largos est\u00e3o situadas a frente do reto do abd\u00f4men.<\/p>\n\n\n\n Essa disposi\u00e7\u00e3o das aponeuroses n\u00e3o se d\u00e1 por acaso. Na parte infra umbilical (ter\u00e7o inferior do abd\u00f4men) temos a influ\u00eancia da converg\u00eancia de for\u00e7as da contra\u00e7\u00e3o do musculo diafragm\u00e1tico que \u00e9 para baixo e para frente.<\/p>\n\n\n\n A contra\u00e7\u00e3o do diafragma traciona os \u00f3rg\u00e3os da pelve menor \u00e0 frente, e as aponeuroses tentam proteger esses \u00f3rg\u00e3os dessa varia\u00e7\u00e3o constante da press\u00e3o realizada pela respira\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n Dessa forma, fica f\u00e1cil entendermos esse refor\u00e7o aponeur\u00f3tico \u00e0 frente dos retos do abd\u00f4men na regi\u00e3o infra umbilical. Ele \u00e9 o ponto de encontro de todas as cadeias musculares do tronco. A lordose lombar, pode ser um meio de prote\u00e7\u00e3o dos \u00f3rg\u00e3os da pelve menor as constantes diferen\u00e7as de press\u00e3o respirat\u00f3ria.<\/p>\n\n\n\n J\u00e1 nos dois ter\u00e7os superiores ou regi\u00e3o supra umbilical n\u00e3o temos esse refor\u00e7o aponeur\u00f3tico superior. Portanto, a linha alba \u00e9 mais frouxa o que facilita o aparecimento da di\u00e1stase.<\/p>\n\n\n\n Essa frouxid\u00e3o \u00e9 importante para o conforto das v\u00edsceras. Como vimos a regi\u00e3o infra umbilical \u00e9 bem refor\u00e7ada a fim de proteger os \u00f3rg\u00e3os da pelve menor das diferen\u00e7as de press\u00f5es abdominais empurrando as v\u00edsceras para baixo.<\/p>\n\n\n\n Logo, as v\u00edsceras que s\u00e3o prioridade encontram nessa folga supra umbilical o conforto de acordo com suas necessidades as varia\u00e7\u00f5es press\u00f3ricas.<\/p>\n\n\n\n Portanto, a di\u00e1stase n\u00e3o \u00e9 fraqueza dos m\u00fasculos da parede abdominal, mas sim uma adapta\u00e7\u00e3o corporal importante entre a est\u00e1tica e as v\u00edsceras. (Trait\u00e9 d ost\u00e9opathie visc\u00e9rale, Ed. Maloine)<\/p>\n\n\n\n Esse cr\u00e9dito de largura ou frouxid\u00e3o supra umbilical onde surge a di\u00e1stase tem a fun\u00e7\u00e3o de amortecer as importantes e constantes varia\u00e7\u00f5es press\u00f3ricas intra-abdominais para:<\/p>\n\n\n\n Isso explica porque o Transverso do abd\u00f4men passa a frente na linha infra umbilical e atr\u00e1s na linha supra umbilical. Portanto, ele deve proteger sua principal a\u00e7\u00e3o que \u00e9 a fona\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n Se passasse a frente da linha alba da regi\u00e3o supra umbilical, o transverso perderia sua fun\u00e7\u00e3o de fona\u00e7\u00e3o com o processo fisiol\u00f3gico da gravidez.<\/p>\n\n\n\n Na gravidez \u00e9 atrav\u00e9s dessa folga que o bebe ser\u00e1 gerado recrutando as cadeias musculares cruzadas posteriores ou de extens\u00e3o para manter sua postura.<\/p>\n\n\n\n O diafragma diminui sua excurs\u00e3o durante a respira\u00e7\u00e3o na gravidez. O motivo \u00e9 o aumento do \u00fatero durante o crescimento do beb\u00ea, para evitar que a press\u00e3o intra-abdominal aumente ainda mais.<\/p>\n\n\n\n Quanto mais o \u00fatero aumenta, menos o diafragma desce, mais as cadeias cruzadas de extens\u00e3o ou de abertura s\u00e3o recrutadas. Assim a di\u00e1stase abdominal fisiol\u00f3gica \u00e9 aumentada.<\/p>\n\n\n\n Conclu\u00edmos ent\u00e3o que a linha alba \u00e9 a grande transmutadora de for\u00e7as entre as cadeias musculares cruzadas de fechamento do tronco e as cadeias de flex\u00e3o, da qual faz parte os m\u00fasculos retos do abd\u00f4men.<\/p>\n\n\n\n A linha alba, junto dos retos abdominais, s\u00e3o os grandes maestros permitidores da distribui\u00e7\u00e3o de for\u00e7as press\u00f3ricas durante o processo gestacional. A gestante encontrar\u00e1 ent\u00e3o para sua est\u00e1tica um importante ponto de apoio na regi\u00e3o tor\u00e1cica.<\/p>\n\n\n\n Entendendo essa intelig\u00eancia corporal fica f\u00e1cil compreender o corpo como um todo. N\u00e3o h\u00e1 como tratar uma di\u00e1stase pensando somente nos m\u00fasculos abdominais, faz-se necess\u00e1rio desfazer essa necessidade corporal gestacional de realizar todo seu apoio est\u00e1tico na regi\u00e3o dorsal.<\/p>\n\n\n\n O tratamento mais eficiente da di\u00e1stase \u00e9 realizado pela tor\u00e1cica. Al\u00e9m da flexibiliza\u00e7\u00e3o dos m\u00fasculos largos seguidas de contra\u00e7\u00f5es alternadas para que n\u00e3o haja o efeito de tra\u00e7\u00e3o sobre a linha alba.<\/p>\n\n\n\n A solicita\u00e7\u00e3o mais forte do Powerhouse \u00e9 ineficiente, visto que a contra\u00e7\u00e3o dos m\u00fasculos ativar\u00e1 a contra\u00e7\u00e3o dos m\u00fasculos largos do abd\u00f4men. O resultado ser\u00e1 uma distens\u00e3o ainda maior da linha alba.<\/p>\n\n\n\n Ou seja, a varia\u00e7\u00e3o da solicita\u00e7\u00e3o dos m\u00fasculos largos, seguidos da flexibiliza\u00e7\u00e3o desses mesmos m\u00fasculos, permitir\u00e3o seu relaxamento. Assim retiramos tra\u00e7\u00e3o da linha alba. Por conseguinte, os retos abdominais tamb\u00e9m ficam menos tracionados.<\/p>\n\n\n\n Al\u00e9m disso, teremos a aplica\u00e7\u00e3o incans\u00e1vel do m\u00e9todo hipopressivo como parte importante do tratamento.<\/p>\n\n\n\nAlerta sobre a solicita\u00e7\u00e3o de m\u00fasculos perineais<\/h4>\n\n\n\n
Resposta do assoalho p\u00e9lvico ao aumento da PIA<\/h4>\n\n\n\n
Outras observa\u00e7\u00f5es sobre o aumento da PIA<\/h4>\n\n\n\n
Obl\u00edquo interno<\/strong><\/h2>\n\n\n\n
Obl\u00edquo externo<\/strong><\/h2>\n\n\n\n
A\u00e7\u00e3o dos m\u00fasculos largos sobre a linha alba<\/strong><\/h2>\n\n\n\n
Aponeuroses<\/strong><\/h2>\n\n\n\n
A\u00e7\u00e3o do diafragma nas aponeuroses<\/h4>\n\n\n\n
Di\u00e1stase na gravidez<\/strong><\/h2>\n\n\n\n
Altera\u00e7\u00f5es al\u00e9m da di\u00e1stase na gesta\u00e7\u00e3o<\/h2>\n\n\n\n
Metodologia hipopressiva como aliada no tratamento da di\u00e1stase<\/strong><\/h2>\n\n\n\n