Quem acompanha meu blog já percebeu que falo bastante sobre a metodologia hipopressiva. Afina de contas, essa técnica virou moda depois que algumas celebridades virtuais fizeram propaganda e a chamaram de técnica da barriga negativa.
Ela realmente é ótima, mas não somente pelo motivo estético que todos imaginam. Antes de tudo, ela pode ser usada em diversos tipos de tratamentos, inclusive em patologias relacionadas ao assoalho pélvico, como a incontinência urinária. Ao falar dela sempre chegamos na discussão do que dar preferência na nossa aula, hipopressiva ou exercícios abdominais? Portanto, vamos responder essa pergunta aqui com algumas informações adicionais sobre a metodologia! Continue lendo para saber tudo.
O que é a Metodologia Hipopressiva?
Antes de decidir qual técnica usar, precisamos compreender melhor a metodologia hipopressiva. Tais movimentos são, basicamente, sequências cronológicas rítmicas de exercícios posturais que provocam a diminuição da pressão intra-abdominal (PIA) e intra-torácica. Agora, você quer entender mais sobre a pressão intra-abdominal e sua importância em casos de dor crônica, confira meu artigo completo sobre o assunto.
Assim, essas posições levam a uma série de ativação automática de neuro divergências dos músculos do períneo e faixa abdominal. Além disso, ela ajuda a normalizar as tensões dos músculos respiratórios, realizando um relaxamento simultâneo de grupos musculares antigravitacionais hipertônicos. Dessa forma, estimula o sistema neurovegetativo simpático.
Vantagens de usar a metodologia
Com o uso da metodologia hipopressiva conseguimos reduzir a pressão intra-abdominal e fortalecer os músculos internos do abdômen ao mesmo tempo. Dessa forma, o períneo também torna-se mais forte com a prática. Quer mais vantagens? Além disso tudo, a metodologia ajuda a diminuir a compressão dos discos intervertebrais da região lombar. Quando o seu aluno sofre com dores lombares, ele consegue um alívio com a prática.
A musculatura do períneo que será fortalecida é responsável pela contração vaginal. Por estar mais forte, a sensação de prazer torna-se muito maior na hora do sexo, principalmente por ativar a circulação sanguínea local. Assim, conseguimos aumentar a sensibilidade da região.
Se praticarmos esses exercícios diariamente, geramos a longo prazo uma série de benefícios:
- Circuitos neurais auto excitadores em situação postural;
- Uma importante ação respiratória por estimulação dos centros expiratórios do tronco cerebral (pneumotáxico e bulbar ventral);
- Inibição dos centros inspiratórios (apneustico e bulbar dorsal).
Esta estimulação postural e respiratória induz uma tonificação por via reflexa do:
- Assoalho pélvico (aumento em 85%)
- Faixa abdominal (Caufriez, Fernanández, Deman e Wary-Thys, 2007)
Conseguimos essa tonificação graças à manutenção da apneia expiratória durante a execução dos exercícios. Dessa forma, isso provoca um estado próximo à hipercapnia (Hodges, Forster, Papanek, Dwinell e Hogan, 2002).
A ativação ou inibição dos centros respiratórios supraespinais permite modular a tensão postural do conjunto de músculos que com estes se relacionam (Rial e Villanueva, 2011).
Metodologia hipopressiva vs. Exercícios abdominais
Hoje em dia, temos diversos estudos demonstrando o efeito negativo dos exercícios abdominais clássicos (fásicos). Em geral, as críticas mostram um impacto negativo sobre o tônus do assoalho pélvico das mulheres e o impacto nas patologias de prolapsos pelvianos.
Os exercícios que geralmente são utilizados para fortalecer os músculos da região abdominal favorecem o aumento da pressão intra-abdominal. Como já sabemos, esse aumento de pressão cria um aumento de sobrecarga no períneo e na coluna. Ou seja, esse tipo de exercício não será completamente apropriado para alguns tipos de alunos.
Já a metodologia hipopressiva ajuda a aumentar o controle dos diferentes músculos abdominais. Além disso, ela estimula uma maior percepção da região abdominal e de seus órgãos, que é bastante necessária nas aulas de Pilates. Juntamente com essas vantagens, encontramos mais comprovação científica do possível uso terapêutico da Metodologia em patologias funcionais conforme estudos avançam. Entre elas, as patologias relacionadas à “Síndrome de Deficiência Postural” (Martines da Cunha – Lisboa 1979). Alguns exemplos são:
- Artralgias crônicas;
- Dorsalgias;
- Lombalgias;
- Cervicalgias;
- Ciatalgias;
- Escolioses idiopáticas;
- Fadiga crônica.
Como fazer metodologia hipopressiva?
Você só conseguirá esses benefícios para seus alunos caso consiga ensiná-los a realizar a metodologia hipopressiva da maneira correta. Portanto, se você ainda não me segue no Instagram e Facebook, corre lá para conferir. Primeiramente, sempre posto vídeos e explicações práticas sobre a metodologia. Além disso, você receberá avisos e calendários de cursos para aprender mais.
Conclusão
A metodologia hipopressiva, sem dúvidas, possui diversos benefícios para nossos alunos. Em primeiro lugar, ela ajuda a melhorar a ativação de musculaturas abdominais Também conseguimos fortalecer o períneo e músculos do assoalho pélvico, o que faz dela uma aliada no tratamento e combate da incontinência urinária.
Vamos à resposta da pergunta do artigo: qual é melhor, metodologia hipopressiva ou abdominais convencionais? Para decidir isso, você precisará analisar as necessidades do seu aluno e descobrir se um dos dois tipos de exercício é contraindicado.
Não existe como dizer se devemos usar hipopressiva ou exercícios abdominais sem avaliação prévia.
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